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Síria: Cerca de 30 pessoas pedem à Assembleia solidariedade com curdos

Cerca de três dezenas de pessoas concentraram-se hoje frente à Assembleia da República, em Lisboa, para pedir ao parlamento que mostre solidariedade para com os curdos, na sequência da ofensiva da Turquia no nordeste da Síria.

Síria: Cerca de 30 pessoas pedem à Assembleia solidariedade com curdos
Notícias ao Minuto

18:32 - 16/10/19 por Lusa

País Síria

Com cartazes que pedem "solidariedade com o Curdistão" e gritos a apelar a uma posição "contra a NATO e contra o capitalismo", os manifestantes, que participaram numa ação convocada para o final da tarde de hoje pela Plataforma de Solidariedade com os Povos do Curdistão, pretendem chamar a atenção para o povo curdo, como explicou à Lusa uma das organizadoras.

"Convocámos uma concentração para exigir aos nossos representantes políticos que se pronunciem sobre a invasão e boicotem económica e politicamente a Turquia", afirmou Ágata Pinho.

Para esta manifestante, é "inexplicável" que não haja ainda condenações internacionais à Turquia, "embora alguns países tenham suspendido a venda de armas".

Situação que, segundo considerou, só pode ser explicada pelo facto de a Turquia "funcionar como tampão de refugiados [para a Europa]".

No entanto, e face "ao genocídio que está a acontecer", Ágata Pinho pede que "Portugal use a posição que tem na NATO [Aliança do Tratado do Atlântico Norte] para pressionar a Turquia" enquanto parceira da mesma organização.

A concentração foi convocada "informalmente, por uma plataforma de defensores do povo curdo", que nasceu em 2018 e "tem tentado, sobretudo, consciencializar as pessoas" para os problemas naquela região, concluiu.

A Turquia lançou no dia 9 uma ofensiva militar no nordeste da Síria contra as milícias curdas das Unidades de Proteção Popular (YPG) aliadas dos ocidentais no combate aos 'jihadistas' do grupo Estado Islâmico e consideradas terroristas por Ancara devido à sua ligação ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, guerrilha curda ativa em solo turco).

O objetivo da operação militar de Ancara é criar uma "zona de segurança" de 32 quilómetros de extensão ao longo da fronteira entre a Turquia e Síria para manter as YPG à distância e repatriar uma parte dos 3,6 milhões de refugiados sírios no território turco.

Desde o início da ofensiva, a 9 de outubro, já foram mortos 71 civis, 158 combatentes das Forças Democráticas Sírias (FDS, dominadas pelas YPG) e 128 pró-turcos, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

Ancara indicou a morte de seis soldados, bem como de 20 civis, por tiros de 'rockets' sobre localidades turcas, provenientes da Síria.

A ofensiva de Ancara abre uma nova frente na guerra da Síria que já causou mais de 370.000 mortos e milhões de deslocados e refugiados desde que foi desencadeada em 2011.

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