Além da requalificação destas escolas, a CML vai iniciar um programa de manutenção corrente pesada das escolas de Lisboa do primeiro ciclo que estão na sua dependência.

Fernando Medina visitou hoje duas das sete escolas básicas do primeiro ciclo que este ano foram renovadas pela CML - Professor Agostinho da Silva (Marvila) e Eng.º Duarte Pacheco (Beato).

"Escolas como estas vão abrir sete, no arranque deste ano letivo, o que é um número muito significativo. No próximo ano teremos oito escolas também a serem concluídas para integrarem este parque das escolas do primeiro ciclo de Lisboa", afirmou, salientando que no conjunto das sete escolas que abrem renovadas este ano estão entre 800 e 1.000 crianças e que é assegurado um acréscimo de 500 vagas nos jardins de infância da cidade.

Com estas renovações, encerra no próximo ano o ciclo das grandes intervenções nas escolas do primeiro ciclo, que "permitiu até agora cerca de 85 intervenções, nas 95 escolas que a cidade tem". Segundo o autarca, em causa está "um investimento total que superará largamente os 100 milhões".

"Para o primeiro ciclo vamos entrar num programa de manutenção corrente regular, porque uma das dificuldades que nós enfrentamos no parque escolar até à escola nova foi a inexistência de um programa sistemático e regular de grandes intervenções", anunciou Medina.

Este programa reflete-se em planos anuais de recuperação e de intervenção, porque a falta de um plano assim tem conseguido até agora a degradação da qualidade da escola "durante muito tempo e depois cria um problema acrescido que só tem solução com uma intervenção de fundo", acrescentou.

O presidente da CML considerou que atualmente os edifícios das escolas do segundo e terceiro ciclos, cuja manutenção era competência da administração central, são os que estão em pior estado, mas agora que passaram para a competência da Câmara vão ser intervencionados num novo programa de requalificação.

"As principais dificuldades hoje na cidade são nas escolas do segundo e terceiro ciclo. [...] Foi, no fundo, aquela área do meio, que não foi coberta pelas intervenções da Parque Escolar e era uma responsabilidade do Estado central e não da Câmara", disse, salientando que o grupo das EB2/3 tem "necessidades muito significativas", com "escolas que não oferecem condições adequadas".

"Vamos fazer um levantamento sistemático da situação das várias escolas, aliás já está encomendado ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] e, na base desse trabalho, vamos proceder ao lançamento dos concursos para os projetos, para as obras e assumir a função que agora será nossa, de lidar com o parque escolar do segundo e terceiro ciclos", anunciou.

Fernando Medina falava no final da visita à renovada escola básica Eng.º Duarte Pacheco (Beato), fundada em 1963, que nos últimos dois anos e meio teve obras de requalificação profundas.

Segundo o presidente da Junta do Beato, Silvino Correia, esta é a única escola básica do pré-escolar e do primeiro ciclo a servir a zona da Picheleira.

A escola tem cerca de 150 alunos de uma zona com 6.500 residentes.

"Esta escola tem estado a recuperar alunos. Já teve mais alunos no passado, depois, pela configuração social à volta da escola, as coisas estiveram um bocado turvas. Eu acho que estão a melhorar muito e, portanto, está a ser melhor e mais apetecível para as famílias colocar cá os filhos. Esta transformação que a escola teve também vem nesse sentido: ajudar a tirar ideias antigas e melhorar a convivência entre a comunidade escolar e a comunidade à volta da escola", disse Silvino Correia.

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