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Ministra trata mal profissionais de saúde? "Fazemos o melhor que podemos"

Marta Temido admite que o que distingue os profissionais de saúde do Governo é a velocidade com que as suas reivindicações são respondidas. Apesar disso, garante: "Fazemos o melhor que podemos".

Ministra trata mal profissionais de saúde? "Fazemos o melhor que podemos"
Notícias ao Minuto

13:39 - 16/07/19 por Melissa Lopes

País Marta Temido

Em reação às críticas do bastonário da Ordem dos Médicos, que deu a entender que a ministra da Saúde não trata bem os profissionais de saúde não lhes dando atenção, Marta Temido salientou que, “sem sombra de dúvida”, o Ministério da Saúde “tem de ter muito cuidado com os profissionais de saúde, com as suas condições de trabalho, com a sua motivação”.

Contudo, reconheceu a ministra, “às vezes o que nos distingue dos profissionais de saúde é a velocidade a que respondemos às suas reivindicações”. “Temos um ritmo que, provavelmente, os profissionais gostariam que fosse mais rápido”, disse, atalhando: “Fazemos o melhor que podemos”.

Marta Temido realçou que o Governo compreende as “expectativas e aspirações” dos profissionais de saúde e, garantiu, estar a trabalhar para lhes responder.

“Penso, contudo, como hoje ficou claro [na inauguração da 100.ª Unidade de Saúde Familiar], que a motivação no SNS se tem equipas onde precisa de ser estimulada, tem outros sítios que de facto nos enche de tranquilidade e satisfação na forma como olhamos para os nossos serviços públicos”, destacou.

Questionada pelos jornalistas a propósito da falta de anestesistas na Maternidade Alfredo da Costa (MAC), Marta Temido repetiu o havia dito ontem e adiantou que estão a ser analisadas as propostas dos prestadores de serviços.

“Aquilo que ontem referimos mantém-se ainda como resposta. Foram recebidas ontem propostas de prestadores de serviços no Centro Hospitalar Lisboa Central, elas estão a ser analisadas, e espero que permitam responder aquilo que são as necessidades imediatas pontuais da escala de anestesistas da MAC”, afirmou.

A governante sublinhou ainda que a resolução pontual de problemas não pode “desfocar” o Governo “daquilo que é a necessidade de resolver o problema estrutural da falta de anestesistas na MAC, cujo quadro foi de alguma forma comprometido quando se pensou na sua extinção e que agora tem que ser novamente recomposto,  pensando além do que é a prestação de cuidados de saúde materna e obstétrica na MAC, mas em todas as maternidades de Lisboa". 

A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) tinha admitido avançar com um sistema rotativo de urgências obstétricas da Maternidade Alfredo da Costa, Hospital de Santa Maria, São Francisco de Xavier, Amadora-Sintra, e Hospital Garcia de Orta abertas durante o verão, mas a decisão acabou por não ser tomada.

De acordo com um comunicado da ARSLVT, "as direções clínicas e direções de serviço de urgência das cinco unidades de saúde vão articular semanalmente a necessária afetação de recursos, para que, em cada momento, se possam antecipar eventuais fragilidades recorrentes deste período" de férias.

Segundo a nota, houve "reforço da contratação de serviços médicos não só nas especialidades de ginecologia/obstetrícia, mas também nas de pediatria e anestesiologia".

Em 20 de junho, a Ordem dos Médicos considerou como "um remendo" um eventual sistema rotativo das urgências de obstetrícia de quatro dos maiores hospitais de Lisboa, durante julho e setembro, lembrando que são unidades "de fim de linha" que se encontravam "há meses sobrelotadas".

"O encerramento rotativo das grandes maternidades de Lisboa, que está neste momento a ser discutido a nível da ARS, é um remendo da situação grave que está a acontecer nestas maternidades de referência e de 'fim de linha', que não têm recursos humanos", disse, em junho, Alexandre Lourenço presidente do Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos.

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