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Falta de médicos fecha blocos operatórios no Algarve, diz sindicato

A greve dos médicos provocou hoje a paragem dos blocos operatórios nos hospitais do Algarve, que só estão a funcionar para doentes urgentes, disse fonte do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) no Algarve.

Falta de médicos fecha blocos operatórios no Algarve, diz sindicato
Notícias ao Minuto

12:17 - 02/07/19 por Lusa

País Greve

Num balanço a meio da manhã o secretário regional do SIM, João Dias, adiantou que 90% dos profissionais aderiram à greve na região, com impacto nas cirurgias marcadas e consultas externas nos hospitais de Faro e Portimão.

"Em termos de cirurgias programadas, os blocos operatórios estão parados, só se realizando cirurgias urgentes ou de doentes oncológicos, ao abrigo dos serviços mínimos", revelou o dirigente sindical aos jornalistas.

Sem números concretos para as consultas externas, João Dias afirmou que nunca numa greve se viram tão poucos médicos no edifício e que a "adesão ronda os 90%".

A Lusa falou com alguns utentes à porta das consultas externas do Hospital de Faro, como Margarida Seco, de Olhão, que aguarda há três meses por uma cirurgia a uma hérnia.

Apesar de saber da greve, foi ao hospital confirmar se haveria consulta, regressou a casa indignada e com uma consulta marcada para daqui a três meses, ao todo, quase meio ano para uma situação que já não a "deixa trabalhar".

Outros doentes com consultas marcadas há vários meses fizeram 30 quilómetros de Albufeira, 60 a partir de Castro Marim ou quase 100 do Alentejo, saindo do hospital sem uma perspetiva de data para uma nova consulta.

De acordo com João Dias, o Algarve é a região onde tem sido mais difícil "atrair profissionais" e "o reforço não pode ser apenas sazonal, na altura do verão, mas para o ano inteiro".

Nos últimos concursos, áreas carenciadas na região como a Ortopedia, Pediatria ou Obstetrícia não têm conseguido o número de profissionais.

A situação tem causado problemas sobretudo no Hospital de Portimão, onde "em 11 dias em julho, 19 em agosto e 11 em setembro, terão de enviar as grávidas para Faro", declarou.

A greve dos médicos teve início hoje às 00h00 e termina às 24h00 de quarta-feira, convocada no primeiro dia pelo Sindicato Independente dos Médicos e no segundo pela Federação Nacional dos Médicos.

As reivindicações passam pela lutam pela dignidade da profissão - com a negociação de uma nova grelha salarial - e por um melhor Serviço Nacional de Saúde.

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