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Dia da Segurança Alimentar é oportunidade para educar população

A investigadora da Escola Superior de Biotecnologia do Porto responsável em Portugal pelo projeto europeu 'SafeconsumE' afirmou que o dia Mundial da Segurança Alimentar, que hoje se celebra, é uma "oportunidade para educar a população e sensibilizar políticos".

Dia da Segurança Alimentar é oportunidade para educar população
Notícias ao Minuto

16:58 - 07/06/19 por Lusa

País Investigação

Em declarações à Lusa, Paula Teixeira, investigadora responsável pelo projeto 'SafeconsumE' em Portugal, afirmou hoje que a Organização das Nações Unidas (ONU) se "apercebeu" que só através de uma "redução do número de doenças veiculadas pelos alimentos" seria possível concretizar alguns dos objetivos da Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável.

"Como podemos erradicar a fome se não oferecemos alimentos nutritivos, em quantidade, mas também seguros? Como é que podemos garantir a saúde das pessoas ou a qualidade de vida se não tivermos alimentos seguros?", questionou.

Segundo Paula Teixeira, apesar de na Europa morrem, anualmente, "cinco mil pessoas" devido às doenças associadas ao consumo de alimentos contaminados, a população continua a "não estar alerta".

"De facto, temos muito a ideia de que os problemas de segurança alimentar são problemas de países de terceiro mundo e isso não é verdade, existem também em grande escala nos países desenvolvidos", frisou, adiantando que a segurança alimentar é "uma responsabilidade" que começa "no campo" e termina "em casa".

Também a ONU, que celebra hoje pela primeira o dia Mundial da Segurança Alimentar, adianta numa publicação da rede social 'Facebook' que o consumo de alimentos contaminados "mata 420 mil pessoas por ano", o que representa quase "50 mortes por hora".

"Para combater o problema, o objetivo é mostrar a importância da segurança alimentar para garantir a qualidade dos alimentos em todas as etapas da cadeia alimentar incluindo: produção, colheita, processamento, armazenamento, distribuição e consumo", lê-se na publicação.

Quanto ao projeto europeu SafeconsumE, que envolve 11 países e pretende até 2022 alterar comportamentos e dotar o consumidor de ferramentas que permitam implementar melhores práticas, a investigadora adiantou à Lusa que estão a ser "avaliadas em laboratório as práticas de alguns consumidores".

"Estão a ser sinalizadas algumas experiências e com base nos resultados dessas experiências vão ser produzidas as primeiras mensagens para o consumidor", salientou, acrescentando prever que as primeiras recomendações "validadas cientificamente" sejam transmitidas aos consumidores a partir de outubro.

À Lusa, Paula Teixeira explicou que as recomendações vão, contudo, "ao encontro" das práticas dos consumidores de um dos países pertencentes ao consórcio do projeto, uma vez que as preocupações "diferem", maioritariamente, por questões culturais.

"Há práticas, ou erros, que se cometem em todos os países e são transversais, mas há práticas e crenças que variam de país para país, o que nos leva a crer que as mensagens a passar podem não ser as mesmas para todos os países", concluiu.

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