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Embarcação com tonelada de cocaína foi apreendida junto a Cabo Verde

Autoridades portuguesas apreenderam embarcação a cerca de 4 mil quilómetros de Lisboa.

Embarcação com tonelada de cocaína foi apreendida junto a Cabo Verde
Notícias ao Minuto

16:09 - 04/06/19 por Natacha Nunes Costa com Lusa

País Tráfico de droga

O Diretor da Polícia Judiciária (PJ), Luis Neves, deu alguns pormenores, na tarde desta terça-feira, sobre a operação Areia Branca, que contou com a cooperação da Marinha e Força Aérea portuguesas, assim como de autoridades internacionais, e que resultou na apreensão de uma embarcação de pesca com mais de uma tonelada de cocaína a bordo.

Numa conferência de imprensa dada a partir da Base Naval de Lisboa, localizada em Almada, distrito de Setúbal, onde está apreendida a embarcação de pavilhão brasileiro, o inspetor explicou que os sete homens detidos nesta operação são “elementos de uma estrutura criminosa” contratados pela “estrutura centrar da organização” para fazer o transporte destes 1100 quilos de cocaína.

O objetivo deste tipo de organizações criminosas, de acordo com Luís Neves, é “a partir da América do Sul e América Latina, inundar a Europa com produtos estupefacientes e cocaína”.

Ainda de acordo com as autoridades, a embarcação foi intercetada pela Marinha Portuguesa, no dia 22 de maio, a cerca de 4 mil quilómetros de Lisboa, a 520 quilómetros de Cabo Verde. 

Onze dias depois, a embarcação, que já vinha sinalizada por suspeitas do crime de tráfico de estupefacientes,  foi alvo de buscas por parte da PJ, já na Base Naval de Lisboa, em Almada.  No seu interior estava mais de uma tonelada de cocaína com o valor de 50 milhões de euros.

O diretor nacional da PJ aproveitou para realçar o contributo da Marinha e da Força Aérea nesta ação, colocando Portugal na "primeira linha" no combate ao crime organizado.

"Hoje estamos aqui porque é o reconhecimento da Polícia Judiciária às nossas forças armadas, designadamente à Marinha e à Força Aérea que com a sua intervenção, saber, capacidade e prontidão, colocam Portugal num patamar de combate ao crime organizado e ao tráfico de estupefacientes de uma forma ímpar", frisou Luís Neves.

Também o comandante naval Gouveia e Melo destacou a "cooperação intersetorial" e, apesar de não revelar pormenores sobre o momento da abordagem, explicou que a Marinha garantiu que a apreensão se realizasse em "segurança".

"A forma como nós abordamos as embarcações deixa muito pouca margem para resistências e evita também violência", mencionou.

Para o comandante naval, o "mau estado da embarcação", foi a principal dificuldade, implicando "um conjunto de intervenções para garantir que a prova chegava a Lisboa".

Já o contributo da Força Aérea, segundo o porta-voz Manuel Costa, foi a "distância e descrição" que, através de sensores, permitiram "verificar o que se está a passar sem serem vistos".

Os sete homens detidos serão presentes a juiz de instrução criminal que determinará as medidas de coação a aplicar.

A investigação em curso, que tem o apoio do Maritime Analysis and Operations Centre (MAOC-N), agência internacional de combate ao tráfico de droga com sede em Lisboa; da Drugs Enforcement Administration dos Estados Unidos e da National Crime Agency do Reino Unido, iniciou-se na sequência de troca de informações com a Polícia Federal do Brasil.

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