O arguido, que está preso preventivamente, é acusado de um crime de coação sexual, um crime de rapto e um crime de violação, por factos que ocorreram em 09 de junho de 2018.
De acordo com a acusação do Ministério Público a que a agência Lusa teve acesso, o homem conheceu a vítima na madrugada daquele dia, no exterior da discoteca Avenue, em Coimbra, quando um grupo de amigos da jovem estava a discutir e em vias de se envolver fisicamente com outro grupo.
Os dois conversaram, "tendo existido uma atração mútua, pelo que, a determinada altura, resolveram sair" daquele espaço e dirigir-se para um local mais reservado, onde, após alguns beijos dados de "forma consensual", o arguido "desapertou as calças" da vítima, momento em que a jovem se opôs às suas intenções.
Sem que a rapariga "estivesse à espera, o arguido tornou-se violento e, à força, arrancou-lhe as cuecas", conta o Ministério Público, sendo que a vítima tentou afastar o arguido, "mas foi incapaz", tendo o homem puxado os cabelos da jovem e apertado o seu pescoço.
Posteriormente, o arguido levou a vítima, sob ameaças, até à sua casa, onde a obrigou a manter relações sexuais, apesar de esta implorar para ele a deixar ir embora.
Aproveitando um momento em que o arguido estava a dormir, por volta das 13:00, a jovem agarrou nas suas roupas e fugiu do local, dirigindo-se até à Estação Nova de Coimbra, onde familiares a foram buscar, encontrando-a "lavada em lágrimas, com a roupa rasgada, quase caída na rua", relata o Ministério Público.
A leitura da sentença está agendada para as 14h.