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“Portugal tornou-se num covil de malfeitores”

Joaquim Jorge, fundador do Clube dos Pensadores, diz estar cansado do país e de esperar que as coisas mudem.

“Portugal tornou-se num covil de malfeitores”
Notícias ao Minuto

16:25 - 08/03/19 por Melissa Lopes

País Joaquim Jorge

Um dos maiores anátemas do nosso Portugal é não mudar”, começa por referir num texto de opinião remetido ao Notícias ao Minuto. O biológo de formação diz estar “cansado de tanta roubalheira” e explica que a sua insatisfação reside no facto de haver dinheiro para umas coisas e para outras não.

“É inconcebível haver dinheiro para bancos mal geridos, que emprestam dinheiro a juros altíssimos e cobram taxas por todos os seus serviços, e não haver dinheiro, para se pagar aos profissionais do ensino e da saúde”, frisa, referindo-se à situação do Novo Banco.

Mas, na origem da insatisfação de Joaquim Jorge estão outros motivos, nomeadamente “os comentadores de televisão que falam de tudo e mais alguma coisa sem estarem dentro dos assuntos” ou “ter uma televisão pública frequentada pelos amigos e por quem dá jeito, esquecendo-se que deve ter um serviço público, pois, a maioria dos portugueses paga uma taxa na sua conta da luz".

“Estou cansado que a comunicação social seja dominada por uma minoria com poder económico e tenha dificuldade em ser livre, isenta e investigativa”, prossegue o fundador do Clube dos Pensadores. A juntar à indignação de Joaquim Jorge está o caso do juiz Neto de Moura - “que nunca o deveriam ter sido”.

Mas há mais razões. Joaquim Jorge diz-se “cansado que ninguém tenha culpa do que faz” e de “ver tantas mortes por violência doméstica”. Sobre violência doméstica, destaca ainda que “já há muito tempo havia sinais alarmantes e nada foi feito”.

O biólogo está ainda cansado de “ser constantemente enganado pelos políticos em diversas eleições”, de um “país que só reage depois das coisas acontecerem”, de fake news e da Internet se ter tornado “uma ala de psiquiatria e um vazadouro de frustrações”.

E a lista prossegue: “Estou cansado de tantas peneiras e de tanto snobismo e pedantismo dos senhores dos bancos e vê-los a ruir. Estou cansado deste país de doutores”. E, por fim, “estou cansado deste país ser tão mal frequentado, Portugal tornou-se um covil de malfeitores”.

Cansado, esgotado, descrente e céptico, Joaquim Jorge conclui que o país precisa de uma grande volta. “Mas não há volta a dar-lhe”.

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