“Portugal tornou-se num covil de malfeitores”
Joaquim Jorge, fundador do Clube dos Pensadores, diz estar cansado do país e de esperar que as coisas mudem.
© Joaquim Jorge
País Joaquim Jorge
Um dos maiores anátemas do nosso Portugal é não mudar”, começa por referir num texto de opinião remetido ao Notícias ao Minuto. O biológo de formação diz estar “cansado de tanta roubalheira” e explica que a sua insatisfação reside no facto de haver dinheiro para umas coisas e para outras não.
“É inconcebível haver dinheiro para bancos mal geridos, que emprestam dinheiro a juros altíssimos e cobram taxas por todos os seus serviços, e não haver dinheiro, para se pagar aos profissionais do ensino e da saúde”, frisa, referindo-se à situação do Novo Banco.
Mas, na origem da insatisfação de Joaquim Jorge estão outros motivos, nomeadamente “os comentadores de televisão que falam de tudo e mais alguma coisa sem estarem dentro dos assuntos” ou “ter uma televisão pública frequentada pelos amigos e por quem dá jeito, esquecendo-se que deve ter um serviço público, pois, a maioria dos portugueses paga uma taxa na sua conta da luz".
“Estou cansado que a comunicação social seja dominada por uma minoria com poder económico e tenha dificuldade em ser livre, isenta e investigativa”, prossegue o fundador do Clube dos Pensadores. A juntar à indignação de Joaquim Jorge está o caso do juiz Neto de Moura - “que nunca o deveriam ter sido”.
Mas há mais razões. Joaquim Jorge diz-se “cansado que ninguém tenha culpa do que faz” e de “ver tantas mortes por violência doméstica”. Sobre violência doméstica, destaca ainda que “já há muito tempo havia sinais alarmantes e nada foi feito”.
O biólogo está ainda cansado de “ser constantemente enganado pelos políticos em diversas eleições”, de um “país que só reage depois das coisas acontecerem”, de fake news e da Internet se ter tornado “uma ala de psiquiatria e um vazadouro de frustrações”.
E a lista prossegue: “Estou cansado de tantas peneiras e de tanto snobismo e pedantismo dos senhores dos bancos e vê-los a ruir. Estou cansado deste país de doutores”. E, por fim, “estou cansado deste país ser tão mal frequentado, Portugal tornou-se um covil de malfeitores”.
Cansado, esgotado, descrente e céptico, Joaquim Jorge conclui que o país precisa de uma grande volta. “Mas não há volta a dar-lhe”.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com