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Serviço de guardas-noturnos criado em Gondomar abrange quatro freguesias

Três guardas-noturnos recrutados do concurso da Câmara de Gondomar em 2016 juntaram-se ao que havia desde 2012, ampliando para quatro o número de freguesias abrangidas por um serviço quase personalizado.

Serviço de guardas-noturnos criado em Gondomar abrange quatro freguesias
Notícias ao Minuto

10:54 - 09/02/19 por Lusa

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Em funções desde 2012, por iniciativa da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, Delfim Rodrigues, reclama o estatuto de primeiro guarda-noturno do concelho, sendo "também o único com direito ao porte de arma", após ter "frequentado o Curso de Formação Técnica e Cívica de Uso e Porte".

A dificuldade dos candidatos em prosseguir com os respetivos empregos, e um concurso aberto pela câmara de Gondomar, abriu a possibilidade a que quatro freguesias tenham hoje o serviço a decorrer.

Depois de Baguim do Monte, desde 2016 que nas freguesias de São Cosme, Valbom e Rio Tinto três homens diariamente velam pela segurança de casas, estabelecimentos comerciais e empresas, num serviço que têm de compatibilizar com a angariação de "associados", denominação que atribuem aos seus clientes, que pagam o serviço mediante mensal acordado entre as partes.

Pedro Faria, em São Cosme, e Pedro Abreu, em Valbom, experimentaram realidades diferentes, com o primeiro a investir "muito" na forma como se apresentava às pessoas e reforçando a sua segurança com a aquisição de um cão da raça pastor alemão, o Gino.

"Tenho tido uma evolução muito favorável", admitiu à Lusa o guarda-noturno de São Cosme, sem querer revelar o número de associados que angariou, preferindo relatar uma "parceria feita com vários stands" que lhe permite "fazer as rondas numa carrinha caracterizada".

E numa profissão em que os "sigilos são tão preciosos quanto as parcerias", desvendou que em dezembro de 2017 e 2018 "não houve assaltos em São Cosme", citando esta altura do ano "por ser crítica em matéria de assaltos" e admitindo que, no geral, "a criminalidade diminuiu".

Por noite, disse Pedro Faria, faz "entre 50 a 60 quilómetros", sendo que "com o aumento dos associados que espera conseguir em 2019", passará a "fazer percursos de 100 quilómetros".

Na freguesia ao lado, Pedro Abreu viveu "dificuldades até maio de 2017", devido a uma "população desconfiada que não queria, sequer, ouvir a apresentação dos serviços", por pensarem "ser de uma empresa de segurança privada".

"Tudo mudou quando começaram os assaltos", relatou à Lusa o guarda-noturno, acrescentando "ser agora frequente receber chamadas de pessoas a requisitar os seus serviços".

Associado a este problema está "também o vandalismo", numa freguesia em que identificou, durante os contactos e vigilância efetuados desde 2016, outro problema que disse combater "graciosamente".

"Em Valbom há muitos idosos a viver sozinhos que têm dez euros para me pagar por mês, porque faz-lhes falta para os medicamentos, mas não será por isso que deixarei de os ajudar, se for necessário", relatou de um meio onde, lamentou, "não se dá valor aos guardas-noturnos".

Hernâni Torres trocou no final de 2017 a carreira de vendedor de produtos alimentares pelo de guarda-noturno em Rio Tinto, freguesia onde "a criminalidade baixou, mas continua a haver muitos furtos a carros, inclusive na rua onde está a esquadra da polícia".

O facto de ter sido o último a chegar à profissão em Gondomar também teve o seu custo, contando "terem sido muitas as dificuldades para arranjar associados".

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