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Português condenado por rapto diz que crime foi organizado pela família
O piloto Jorge Faria deu uma entrevista onde garante que vai recorrer da pena e revela que foi a filha da vítima a organizar o rapto.
© DR
País Brasil
O piloto português de helicópteros de luxo, Jorge Faria, condenado a 14 anos e quatro meses de cadeia por ter sido considerado o mandante do rapto da sogra de Bernie Ecclestone, diz que vai recorrer da pena e garante que foi a própria filha da vítima e mulher do magnata da Fórmula 1 a ter a ideia do crime.
O caso remonta a 2016 quando Aparecida Palmeira, de 70 anos, mãe de Fabiana Flosi, de 41 anos e mulher do britânico Bernie Ecclestone, de 88 anos, foi levada de sua casa, no bairro Jardim Santa Helena, no Estado brasileiro de São Paulo, por um gangue.
Nove dias depois de ter sido raptada, a mulher foi resgatada pelas autoridades e a família apontou o dedo ao ‘Comandante Faria’, como era conhecido o piloto. Isto porque, garante o português numa entrevista concedida agora ao Mirror, num dos emails enviados à família, onde exigiam um resgate de 214 milhões, tinha uma frase em português.
Na mesma entrevista, Jorge Faria, de 55 anos, diz que era amigo de Fabiana Flosi até ter um atrito com ela sobre o seu cão. “Eu levei-a para o aeroporto onde ela apanhou um voo privado para o Reino Unido. Ela deixou as malas no helicóptero e quando eu me apercebi, o yorkshire dela estava dentro de uma das bagagens. Eu disse-lhe que isso não se fazia e ela não gostou de ser confrontada. Depois disso nunca mais trabalhei para ela, mas antes disso eu chamava-a de amiga, até ao casamento da irmã fui”, revela.
O piloto vai mesmo mais longe. Diz que desde que se casou com o magnata, Fabiana mudou de personalidade e não tem dúvidas de que foi ela que organizou o rapto.
“Não há dúvidas sobre quem está por trás disto tudo. Acredito que a Fabiana e a família dela estão por trás disto. Todo o sequestro e as evidências, não fazem sentido. Supostamente, os homens que a raptaram eram violentos e capazes de matar, contudo, tiveram uma atitude gentil. Não usaram armas e até deixaram a Aparecida ir à farmácia para levantar uma receita”, explicou.
Jorge Faria foi piloto de helicópteros durante 22 anos e chegou mesmo a ser presidente da Associação brasileira de Pilotos de Helicópteros (Abraphe). O português, que emigrou há 30 anos para o Brasil, chegou a transportar nomes tão conhecidos como Pelé, Sebastian Vettel e Ayrton Senna.
Nos últimos dois anos, Jorge Faria esteve preso numa prisão de Itaí, em São Paulo.
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