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Passageiros preocupados no 1.º dia de transporte alternativo no Douro

Centenas de passageiros da CP utilizaram hoje, em Marco de Canaveses, o transporte alternativo em autocarros até à estação de Caíde, alguns com sinais de preocupação, incerteza e críticas.

Passageiros preocupados no 1.º dia de transporte alternativo no Douro
Notícias ao Minuto

12:28 - 26/11/18 por Lusa

País Comboios

Às 07:05, conforme estava previsto, cinco autocarros partiram da estação ferroviária de Marco de Canaveses para uma viagem de 45 minutos até Caíde, com paragens previstas nas estações de Livração e Vila Meã, para além de alguns apeadeiros.

Aquela viagem nas estradas sinuosas da região deverá repetir-se durante três meses, enquanto decorrerem as obras de eletrificação da Linha do Douro que obrigam à suspensão da ligação ferroviária no troço Marco de Canaveses -- Caíde.

A maioria dos passageiros tem como destino o Porto, onde trabalha ou estuda.

Beatriz Silva, esteticista de 21 anos, de Marco de Canaveses, trabalha no Porto. Todos os dias apanha o comboio à mesma hora, mas hoje teve de se levantar mais cedo.

"É muito chato, temos de andar a mudar, os horários são diferentes. Tive de vir mais cedo, para chegar a horas ao trabalho", contou.

Teresa Matos, empregada de balcão, de 54 anos, também de Marco de Canaveses, trabalha no Porto e hoje disse sentir-se indignada com a situação.

"Devia haver mais ligações, mais horários para garantir que vamos chegar a horas", referiu.

No comboio regional que saíra da Régua às 05:53 chegaram mais de 200 pessoas, entre trabalhadores e estudantes universitários.

Ainda noite, a composição a diesel chegou a Marco de Canaveses, às 07:00, um momento que provocou uma correria dos passageiros, com sacos e malas, entre o comboio e os autocarros estacionados junto à estação. Alguns temiam não haver lugares suficientes nos autocarros.

"É horrível, só há metade dos comboios. Antes era mau, agora piorou", disse Renato Valdoleiros, de 19 anos, estudante universitário, que entrara no comboio em Mosteiro, no concelho vizinho de Baião.

No local dizia-se que os autocarros teriam de fazer as mesmas paragens do comboio e o receio de quem viaja todos os dias era o de não chegar ao Porto à hora habitual.

"É complicado, porque a minha filha teve de vir mais cedo e tem dois dias por semana que tem de ir ainda mais cedo. Agora não sabemos como havemos de fazer", disse Anabela Gomes, mãe de uma estudante universitária, preocupada com o prazo da obra.

"Será que vão ser apenas três meses de obras?", questionou, apreensiva.

Horas depois, António Pereira, da Comissão de Utentes da Linha do Douro, disse à Lusa que os passageiros chegaram ao Porto à hora prevista do comboio.

"Ao contrário do que estava previsto, apenas um autocarro foi aos apeadeiros, os outros seguiram diretos para Caíde. As pessoas puderam apanhar as ligações mais cedo que o previsto", assinalou.

Adiantou também que a Comissão de Utentes está a "defender mais autocarros e mais ligações entre as duas estações" e "irá estar atenta, nesta primeira semana, às alterações".

O encerramento temporário da linha, entre as estações ferroviárias de Marco de Canaveses e Caíde (Lousada), deverá prolongar-se por três meses, segundo informação da CP.

A obra em curso, no valor de 10 milhões de euros, permitirá a eletrificação do troço de 14,4 quilómetros, garantindo a ligação entre Marco de Canaveses e o Porto, com os comboios elétricos suburbanos do Porto, algo que atualmente só acontece até Caíde.

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