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“Não podemos ter animais, mas uma águia pode voar no Estádio da Luz”

O Circo Victor Hugo Cardinali reage, com indignação, à lei que vai proibir o uso de animais selvagens nestes espetáculos.

“Não podemos ter animais, mas uma águia pode voar no Estádio da Luz”
Notícias ao Minuto

21:00 - 26/10/18 por Natacha Nunes Costa

País Circos

O Circo Victor Hugo Cardinali já reagiu à lei que vai proibir o uso de animais selvagens nestes espetáculos, aprovada, quinta-feira, no Parlamento, pela Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, com texto final a estabelecer uma moratória de seis anos.

À TVI 24, o representante deste circo, Gonçalo Dinis, disse que a lei é “discriminatória” e “incongruente”.

Não podemos ter animais, mas uma águia pode voar para 60 mil no Estádio da Luz. Depois há feiras medievais que podem ter animais, há espetáculos no Zoomarine, no Jardim Zoológico. E isto para não falar nas touradas”, sublinha o responsável que integra também a Associação Europeia de Circos.

O Circo Victor Hugo Cardinali acusa também os deputados de quererem restringir uma lei sobre um assunto que não dominam.

Já não apresentamos leões há vários anos. A lei de 2009 entrou em vigor e está a ter o seu impacto. Temos dois elefantes. São da família, estão connosco há 30 anos. Quem lida com animais sabe bem a afeição que criam com as pessoas. No dia em que não os possamos usar, para onde vão?”, questiona Gonçalo Dinis, acrescentando que “numa comissão ouvimos uma deputada do Bloco de Esquerda dizer que uma das espécies mais usadas eram os ursos. Ora, não se vê um urso num circo português há uns 20 anos”.

O Circo Victor Hugo Cardinali promete assim não baixar os braços com esperança que, durante o período de moratória a situação seja revertida.

Recorde-se que, esta quinta-feira, foi aprovado no Parlamento, na especialidade, com o texto final a estabelecer uma moratória de seis anos para o fim do uso de animais selvagens no circo, como macacos, leões e elefantes. Ou seja, 2024 será o ano do fim dos animais nos circos.

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