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Pena suspensa para mulher que explorava casa de massagens em Aveiro

O Tribunal de Aveiro condenou hoje a um ano de prisão com pena suspensa uma mulher, de 33 anos, que explorava uma casa de massagens que funcionaria como local de prostituição naquela cidade.

Pena suspensa para mulher que explorava casa de massagens em Aveiro
Notícias ao Minuto

15:34 - 16/10/18 por Lusa

País Justiça

A arguida, julgada na sua ausência por se encontrar a residir no estrangeiro, foi condenada a nove meses de prisão, por cada um dos dois crimes de lenocínio de que estava acusada.

Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de um ano de prisão, suspensa na execução por igual período.

O coletivo de juízes decidiu absolver a mulher de dois crimes de auxílio à emigração ilegal, por entender que não tinha conhecimento que as prostitutas se encontravam em situação ilegal no território nacional.

À saída da sala de audiências, o advogado de defesa anunciou que não vai recorrer da decisão, embora tenha manifestado o seu desagrado com o acórdão por entender que "o crime de lenocínio é inconstitucional".

"Em casos como este não há aqui verdadeiras vítimas, porque as pessoas entregam-se à prática da prostituição livremente e não existe esse conceito de exploração", disse à Lusa o advogado João Saraiva, adiantando que este problema se trata de uma "questão de moral pública".

Segundo a acusação do Ministério Público (MP), os factos ocorreram em 2016 e 2017, no centro da cidade de Aveiro.

De acordo com a investigação, a arguida dedicava-se à exploração da prática da prostituição por parte de mulheres estrangeiras, a quem cedia quartos para a prática de relações sexuais com homens que as procurassem a troco de dinheiro.

O MP refere que as mulheres cobravam ao cliente entre 50 e 80 euros por cada relação sexual que mantinham, entregando metade do valor recebido à arguida.

Estas práticas foram constatadas pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) em várias ocasiões, tendo numa das situações sido identificadas duas mulheres brasileiras em situação de permanência ilegal em território português.

Em junho de 2017, o SEF fez uma busca domiciliária naquele local, tendo encontrado em cada um dos quartos disponibilizados pela arguida preservativos e embalagens de toalhitas. No local encontrava-se ainda um caderno com os registos diários dos valores cobrados e os nomes dos clientes.

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