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Apesar das limitações, militares vão continuar a "cumprir as missões"

O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas assegurou hoje que os militares continuarão a "buscar formas engenhosas de cumprir as missões", apesar das "circunstâncias desafiantes" a que estão sujeitos devido às limitações financeiras.

Apesar das limitações, militares vão continuar a "cumprir as missões"
Notícias ao Minuto

13:11 - 03/09/18 por Lusa

País Silva Ribeiro

"As nossas Forças Armadas não possuem, hoje, nem enormes efetivos, nem inúmeras capacidades materiais" mas, "apesar das circunstâncias desafiantes" a que estão sujeitas "fruto da difícil situação que o país vive há anos", o Estado-Maior encontrará "formas de as superar com trabalho árduo e esclarecido", disse o almirante Silva Ribeiro.

O CEMGFA, almirante António Silva Ribeiro, discursava numa cerimónia militar, em Belém, Lisboa, destinada a assinalar o Dia do Estado-Maior General das Forças Armadas, criado a 03 de setembro de 1974.

Dirigindo-se ao primeiro-ministro, António Costa, que presidiu à cerimónia, o CEMGFA sublinhou que as Forças Armadas "continuarão a buscar formas engenhosas de cumprir" as missões.

No seu discurso, Silva Ribeiro fez o ponto da situação das principais medidas adotadas desde o início do seu mandato, a três de março, destacando o reforço da articulação com o Sistema de Segurança Interna, a nível operacional, que espera concluir até ao final do ano.

O CEMGFA disse que serão estabelecidos "mecanismos formais de cooperação entre as Forças Armadas e as Forças e Serviços de Segurança", num trabalho que disse estar a ser desenvolvido "com enorme abertura e empenho de ambas as partes".

O almirante anunciou ainda que até ao dia 07 de dezembro será apresentado "o plano de ação estratégico" para o reforço da capacidade de ciberdefesa nacional até 2021. Esse plano visa "colmatar as principais lacunas estratégicas, organizacionais e em número de pessoas com o perfil e formação adequados".

O objetivo, acrescentou, é criar "massa crítica neste novo domínio das operações militares".

Silva Ribeiro disse que entregou ao ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, - que marcou presença na cerimónia mas não discursou -- uma proposta para a "reordenação das infraestruturas" do Reduto Gomes Freire, em Oeiras face ao previsível aumento do número de pessoas quando a nova Academia da NATO iniciar a atividade, o que está previsto para 2019.

O CEMGFA também já apresentou à tutela um "relatório preliminar" com a identificação dos "principais problemas e possíveis soluções" para a reformulação da Saúde Militar, que considerou "inadiável".

Até ao final de outubro, adiantou, será apresentada uma "proposta consolidada" para um "novo modelo que permita melhorar a qualidade dos cuidados de saúde prestados, em especial pelo Hospital das Forças Armadas", antecipando que haverá uma "ligação reforçada ao Serviço Nacional de Saúde".

Na sua intervenção, Silva Ribeiro destacou as "missões operacionais" como a "componente mais relevante das Forças Armadas", frisando que atualmente estão 1248 militares empenhados em missões externas no quadro das organizações internacionais de que Portugal faz parte.

Quanto ao previsto reforço das capacidades operacionais, através da revisão da Lei de Programação Militar, em curso, Silva Ribeiro destacou os critérios de "duplo uso" dos meios a adquirir e o envolvimento da indústria e universidades nacionais.

Como "altamente prioritárias" para o país, Silva Ribeiro apontou os navios de patrulha oceânica e o navio polivalente logístico, "essencial para reforçar o apoio das Forças Armadas às populações das Regiões Autónomas".

As viaturas táticas ligeiras e o sistema de combate do soldado, incluindo a arma ligeira, acrescentou, são "meios essenciais nas operações de paz onde Portugal tem garantido um empenhamento substancial das suas forças terrestres" que desempenham "missões muito exigentes do ponto de vista técnico e tático".

Por fim, Silva Ribeiro destacou o programa de aquisição das aeronaves KC-390 e a "muito premente" substituição dos helicópteros Alouette III por outras aeronaves "que permitam o adequado apoio às operações militares", em especial em cenários de elevado risco.

Na cerimónia militar, que decorreu junto à Torre de Belém, Lisboa, participaram cerca de 300 militares, representando os três ramos das Forças Armadas e realizou-se ainda uma cerimónia de homenagem aos mortos em combate.

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