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Guardas prisionais vão manter protestos junto da prisão

O Sindicato Independente do Corpo da Guarda Prisional afirmou hoje que os guardas da prisão da Carregueira, em Sintra, vão manter os protestos junto do estabelecimento para “salvaguardar os colegas” com sobrecarga horária e sem meios para se alimentarem.

Guardas prisionais vão manter protestos junto da prisão
Notícias ao Minuto

14:28 - 14/09/13 por Lusa

País Carregueira

Cerca de 50 guardas acamparam na sexta-feira à noite em frente da prisão em protesto contra “o aumento da carga horária” que está a obrigar os guardas prisionais a fazer mais três horas de serviço efetivo por noite, disse à agência Lusa o presidente do sindicato, Júlio Rebelo.

“Neste momento não é necessária a comparência junto à prisão, o dia corre normalmente, mas à tarde e à noite se as condições de mantiverem, continuaremos as ações de modo a salvaguardar os colegas que estão com sobrecarga horária e sem método para se alimentarem”, adiantou o sindicalista.

Estas ações passam por novas concentrações em frente ao estabelecimento prisional, onde se encontra o ex-autarca de Oeiras, Isaltino Morais, e dos detidos do processo Casa Pia.

Além dos guardas prisionais estarem contra o aumento da carga horária, há outras situações que agravam o descontentamento dos profissionais.

”Os guardas prisionais não têm messe para comer e não há um estabelecimento de restauração num raio de quatro a cinco quilómetros”, disse Júlio Rebelo.

“Querem que os guardas se desloquem nas suas viaturas particulares aos restaurantes, almocem e regressem em 60 minutos, o que é muito difícil”, criticou.

Para Júlio Rebelo, “é desumano o que estão a querer fazer ao corpo de guardas” da prisão da Carregueira.

“É verdade que há outros estabelecimentos com este horário, mas a ideia que passou, desde as últimas negociações, é que as situações iam melhorar, mas o que estamos a ver é que querem abrir novos estabelecimentos com o mesmo número de guardas, sobrecarregando a sua carga horária”, acrescentou.

O presidente do sindicato lembrou que a profissão de guarda prisional é de um “grande desgaste físico e psicológico” e “qualquer hora a mais do que está estipulado, às vezes parecem dias”.

A agência Lusa contactou o Ministério da Justiça, mas, até ao momento, não obteve resposta.

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