"Vai começar a haver uma retração de forças no terreno muito gradual"
A porta-voz da Proteção Civil realçou que a maioria das pessoas está a regressar às suas casas. A causa do incêndio não está apurada e será alvo de uma investigação.
© Global Imagens
País Patrícia Gaspar
Com o incêndio na serra de Monchique dominado, as palavras de Patrícia Gaspar, a comandante operacional adjunta da Proteção Civil, no briefing desta sexta-feira foram de maior tranquilidade. Sem alterações no número de feridos - mantêm-se os 42, um dos quais grave -, Patrícia Gaspar adiantou que o número de operacionais naquele local vai sofrer uma diminuição.
"É natural que comece a haver uma retração das forças no terreno, mas de forma muito ligeira e muito gradual. A situação aqui está operacionalmente mais tranquila", destacou.
A responsável da Proteção Civil salientou ainda que a "grande maioria das pessoas está a regressar às suas casas" e que apenas três pessoas ainda não regressaram, algo que poderá acontecer ainda hoje.
Patrícia Gaspar falou também sobre a revolta de algumas pessoas que não gostaram de serem forçadas a abandonar as suas casas. "É natural que, para cada caso em concreto, as pessoas se sintam tristes, zangadas e até revoltadas. Aquilo que temos frisado é que a GNR teve um papel importantíssimo para retirar as pessoas e salvaguardar vidas".
Sobre a causa do incêndio, a comandante da ANPC avançou que será alvo de uma investigação.
"A causa do incêndio não está ainda apurada. Isso cabe às autoridades competentes, designadamente a Polícia Judiciária e a GNR, que são quem faz a investigação das causas do incêndio. Relativamente ao comportamento do incêndio, ele será seguramente estudado pela comunidade científica como costuma suceder quando há casos mais excecionais. Mas para isto contribuiu a orografia do terreno, as condições meteorológicas que se faziam sentir e as próprias correntes que são geradas pelo incêndio e que potenciam o próprio incêndio. Foi um conjunto de vários fatores que fez com que este incêndio assumisse as proporções que assumiu, sendo que houve alturas em que não foi possível combatê-lo", explicou.
O fogo em Monchique era o único que preocupava bastante as autoridades. Nesta altura o panorama no país é tranquilo.
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