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População diz que fogo não afasta turistas por "Marvão estar na moda"

O incêndio que atingiu no domingo as encostas do castelo de Marvão (Portalegre) mudou o "cenário idílico" da vila medieval, mas a população acredita que a paisagem queimada não vai afastar os turistas.

População diz que fogo não afasta turistas por "Marvão estar na moda"
Notícias ao Minuto

11:58 - 06/08/18 por Lusa

País Cenário

Comerciante na aldeia da Portagem, localidade que viu as chamas "à porta", Nuno Ramos diz à agência Lusa que, apesar da área devastada pelas chamas, não existem "motivos suficientes" para que o turismo venha a sofrer uma quebra nos próximos tempos.

"No decorrer do incêndio, os espanhóis que estavam no Centro de lazer da Portagem abandonaram o local, mas vão voltar, pois representam 90% dos turistas que nos visitam. Eu não acredito que o turismo saia prejudicado", sublinha.

Na mesma povoação também mora há vários anos Maria da Paz, que relata à Lusa ter vivido "um dia de horror", mas nem assim acredita que o turismo possa vir a "pagar a fatura".

Para o presidente do município de Marvão, Luís Vitorino, "esta `partida` foi grave, em termos patrimoniais, em termos de paisagem e em termos ambientais".

"Perdeu-se uma parte do ex-líbris" do concelho, lamenta, em declarações à Lusa, mas mostra-se convicto de que o turismo "não vai ser afetado", porque "Marvão está na moda".

"Não vai ser este cenário que vai atrofiar a economia local e o turismo. As pessoas vão voltar a vir", assegura.

Satisfeito com a resposta dada pela Proteção Civil, o autarca diz que Marvão, no Parque Natural da Serra de São Mamede, viveu "um susto" com o incêndio que deflagrou no domingo e foi dominado hoje de madrugada, "reflexo das alterações climatéricas que infelizmente estão em curso".

Prometendo encontrar "em breve" uma solução para a zona que ficou em cinzas, Luís Vitorino considera também que se abriu uma "janela de oportunidade" para reflorestar "os mais de 100 hectares ardidos".

Ao início da manhã de hoje, a Lusa constatou uma extensa nuvem de fumo a pairar na zona ardida, cenário que se foi dissipando com o passar das horas.

Depois de ter passado a noite "em claro", a população aproveitou o amanhecer para descansar, voltando à azáfama do dia-a-dia após as 09:30.

Enquanto a normalidade regressava ao quotidiano, os bombeiros de serviço observavam atentos, a partir do posto de comando, instalado junto ao Centro de Lazer da Portagem, os reacendimentos que ocorriam e que prontamente eram debelados por um helicóptero que efetuava descargas de água.

Segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Portalegre, todo o perímetro do incêndio está em fase de rescaldo desde as 06:46, permanecendo no local, durante a manhã, 221 operacionais, auxiliados por 70 viaturas.

O alerta para o incêndio foi dado às 15:29 de domingo e durante a tarde o dispositivo foi reforçado, incluindo grupos de combate oriundos do Porto, Lisboa, Castelo Branco e da Força Especial de Bombeiros.

Prejudicado pelos acessos difíceis, o combate ao fogo, que não colocou habitações em perigo, nem causou danos pessoais, chegou a mobilizar oito meios aéreos, incluindo um espanhol.

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