"Estamos a trabalhar com a Parque Escolar e a pressionar para que as coisas mais urgentes se resolvam", explicou Nuno Crato, após a inauguração das obras de requalificação da Escola Básica do 2.º e 3.º Ciclos (EB 2,3) Pedro Jacques de Magalhães, em Alverca do Ribatejo, em Vila Franca de Xira.

A empreitada custou à Câmara de Vila Franca de Xira e ao Ministério da Educação perto de 6,5 milhões de euros, sensivelmente o mesmo que a Parque Escolar gastou em metade das obras já realizadas na Escola Secundária Gago Coutinho - suspensas há quase ano e meio -, situada a cerca de 200 metros do renovado estabelecimento de ensino.

O ministro da Educação frisou que "se cometeram uma série de erros no passado" e lembrou que "há limitações financeiras" no presente. Questionado sobre se as obras na Gago Coutinho podem recomeçar no decorrer do ano letivo, Nuno Crato preferiu ser cauteloso.

"Não podemos dar garantias. Estamos a trabalhar com a empresa, que tem uma missão e um conjunto de dificuldades", sublinhou o governante.

Minutos antes, durante o seu discurso, a presidente da Câmara de Vila Franca de Xira alertou o ministro para a situação da Gago Coutinho, para a qual estava previsto inicialmente um investimento global de 13 milhões de euros.

"É bastante grave. Foi construída metade [da escola] que, além de não se poder utilizar, começa a ficar degradada", lamentou Maria da Luz Rosinha (PS), acrescentando que há uma outra escola no concelho, na freguesia da Póvoa de Santa Iria, que também aguarda por "pequenas e médias intervenções" ao abrigo do programa de requalificação da Parque Escolar.

A autarca aproveitou a presença do ministro para lembrar os problemas que se verificam noutro estabelecimento de ensino do concelho, como a Escola Básica do 2.º e 3.º Ciclos (EB 2,3) de Vialonga, a qual já sofreu inundações, está sobrelotada e aguarda por uma requalificação.

Sem particularizar, Nuno Crato reconheceu que "há uma série de escolas que não estão nas condições desejáveis", mas salientou que, apesar das limitações financeiras, a tutela "está a fazer o que pode, pouco a pouco, para resolver as situações mais urgentes".

O ministro frisou que a renovada EB 2,3 Pedro Jacques de Magalhães - requalificada sem ser ao abrigo do programa da Parque Escolar - é um estabelecimento de ensino "sem luxos", mas com tudo o que é necessário numa escola.

A "nova" EB 2,3 vai receber este ano letivo 1.100 alunos, distribuídos por 38 turmas.

A cerimónia incluiu ainda a assinatura de 61 protocolos na área da educação com parceiros da comunidade escolar para o ano letivo que está prestes a começar, no valor global de mais de 3,2 milhões de euros.

Entre os 10 tipos de contratos celebrados, estão os transportes escolares, o fornecimento de refeições, o prolongamento de horário na educação pré-escolar, as atividades de enriquecimento curricular, o subsídio ao funcionamento e atividades dos estabelecimentos de ensino, bem como a organização e gestão de atividades de tempos livres.