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Suspenso funcionamento da sala de abate do Matadouro de Leiria

A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) informou hoje que suspendeu o funcionamento da sala de abate do Matadouro de Leiria e informou que, no decurso de um abate experimental, um elemento do Corpo de Inspeção Sanitária foi agredido.

Suspenso funcionamento da sala de abate do Matadouro de Leiria
Notícias ao Minuto

20:39 - 10/07/18 por Lusa

País DGAV

"A atividade de abate foi suspensa no passado dia 25 de maio, na sequência de mais uma visita de controlo oficial", mantendo-se em funcionamento as restantes valências, refere uma resposta enviada à Lusa após o assunto ter sido abordado na reunião do executivo municipal suscitado pelo vereador do PSD Álvaro Madureira.

A vereadora com o pelouro do Ambiente, Ana Esperança, disse aos jornalistas que a informação na sua posse, prestada pela DGAV, era de que "o matadouro foi encerrado, porque não reunia as condições para estar em funcionamento".

À Lusa, a DGAV esclarece que tendo em conta que durante o controlo oficial, feito em 02 de maio, foi verificada a manutenção da generalidade dos incumprimentos detetados em sede de vistorias anteriores, "concluiu-se que as poucas melhorias observadas após o levantamento de autos de notícia se revelaram apenas como pontuais, não sendo implementadas soluções eficazes e duradouras".

Entre as inconformidades observadas, "as quais constituem infrações graves e reiteradas aos requisitos legais relativos à segurança dos alimentos e ao bem-estar animal", estão o "não cumprimento de boas práticas de higiene, e da higiene do abate, com consequente contaminação direta ou indireta de géneros alimentícios".

Acrescem "várias deficiências estruturais que impedem a manutenção e a limpeza e/ou desinfeção adequadas e potenciam a contaminação dos géneros alimentícios", assim como o "incumprimento dos requisitos referentes aos critérios microbiológicos aplicáveis aos géneros alimentícios" e outros "incumprimentos relativos aos requisitos estabelecidos para os subprodutos de origem animal."

"Face ao conjunto de inconformidades sucessivamente detetadas e não corrigidas, no domínio da segurança alimentar, conclui-se que os géneros alimentícios resultantes do abate de ungulados domésticos, produzidos, armazenados e comercializados no estabelecimento Mapicentro - Sociedade de Abate, Comércio de Carnes e Subprodutos, SA não podem ser considerados seguros", acrescenta.

A DGAV esclarece que, no sentido de um eventual levantamento da suspensão de abate a partir de 25 de junho, "foram efetuados controlos de verificação", mas mantinham-se "algumas inconformidades cuja correção seria essencial" para tal suceder.

Três dias antes realizou-se uma reunião entre a DGAV e a Mapicentro e, após garantia por parte da empresa a resolução das inconformidades, "reiniciou-se o abate experimental a 25 de junho, decorrendo o mesmo até dia 02 de julho sem incidentes".

Segundo este organismo, no final deste dia os Serviços Centrais da DGAV foram alertados de que "um elemento do Corpo de Inspeção Sanitária foi agredido quando registava a leitura do contador da água de rede", pelo que foi pedida "a intervenção da PSP para garantir a segurança física" dos elementos da DGAV.

"Por se considerar não estar garantida a segurança dos representantes da DGAV, os abates experimentais foram suspensos e solicitada nova reunião com a representante legal da empresa no sentido de garantir essa mesma segurança", adianta na informação enviada à Lusa.

A reunião decorreu na quinta-feira passada e "logo que a segurança dos inspetores sanitários esteja garantida pela empresa e que estejam retificadas as inconformidades" será retomado o abate experimental para eventual levantamento da suspensão.

A Lusa tentou contactar um responsável pelo Matadouro de Leiria, sem sucesso.

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