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Vila Pouca de Aguiar: Aprovada moção contra fecho da CGD

A Assembleia Municipal de Vila Pouca de Aguiar, em Vila Real, aprovou por unanimidade uma moção onde expressa a sua "revolta" pelo fecho do único balcão da Caixa Geral de Depósitos (CGD) de Pedras Salgadas, disse hoje fonte autárquica.

Vila Pouca de Aguiar: Aprovada moção contra fecho da CGD
Notícias ao Minuto

14:14 - 19/06/18 por Lusa

País Assembleia Municipal

O documento, aprovado na segunda-feira à noite, irá agora ser entregue ao Presidente da República, primeiro-ministro, ministro das Finanças e Administração do banco público, afirmou à Lusa o presidente da Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar, o social-democrata Alberto Machado.

No âmbito do plano de reestruturação da CGD, a caixa deverá encerrar, a 29 de junho, o balcão de Pedras Salgadas, tendo os clientes de se deslocar seis quilómetros até à sede do concelho. Com este fecho, os clientes ficam ainda sem a única caixa de multibanco.

Para mostrar o seu descontentamento, autarcas do Alto Tâmega vão concentrar-se hoje frente à sede da CGD, pelas 14:00, e do Ministério das Finanças, às 17:00, em Lisboa.

Além destas iniciativas, a população tem uma manifestação agendada para dia 29 de junho, dia previsto para o fecho do balcão.

Alberto Machado explicou que a atual "indignação e sentimento de injustiça" prende-se com o facto de este balcão ser o único existente em Pedras Salgadas, local onde existem farmácias, estâncias termais, comércios, restaurantes, centros de dia, fábricas e escolas que dependem daquele balcão e daquela caixa multibanco.

Esta agência dá resposta direta aos habitantes de sete freguesias, servindo 30 aglomerados urbanos, num total de mais de cinco mil clientes, adiantou.

Para atingir determinados objetivos, a CGD penaliza populações que "nada tem a ver" com os seus resultados negativos, disse.

Dizendo que a administração da caixa se recusa a reunir com os autarcas locais, o autarca frisou que o interior não pode ser ditado ao abandono porque é parte integrante do país, para o qual também contribui.

Alberto Machado ressalvou a importância da presença da caixa na vila termal, um dos motores de desenvolvimento do concelho, acrescentando que todo o "sistema estrutural da zona Norte" está contra esta decisão "centralista".

Dar vida aos pequenos núcleos urbanos com a manutenção dos seus serviços públicos é promover a coesão social, o desenvolvimento territorial e a qualidade de vida dos cidadãos, considerou.

O fecho de agências da CGD foi negociado com a Comissão Europeia como contrapartida da recapitalização do banco público feita em 2017, para que essa operação não fosse considerada ajuda de Estado.

No final de 2017, a CGD tinha 587 balcões em Portugal e o objetivo, agora, é terminar o ano com 517.

No total, o Estado português acordou com Bruxelas o encerramento de 180 balcões em Portugal até 2020.

Tendo em conta que em 2017 fecharam 67 balcões e que este ano fecharão mais cerca de 70, a CGD terá ainda de fechar outras 40 agências nos próximos dois anos.

Além da reestruturação da estrutura física, a CGD quer reduzir também o número de trabalhadores.

Tal como no ano passado, a Caixa Geral de Depósitos tem este ano aberto um plano de rescisões por mútuo acordo e de reformas antecipadas.

Em 2017, saíram da CGD em Portugal 547 trabalhadores, tendo o banco público 8.321 trabalhadores. No primeiro trimestre desde ano já houve a redução de mais 250 funcionários.

O objetivo da Caixa é reduzir cerca de 2.000 pessoas entre 2017 e 2020.

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