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Médicos justificam greve e culpam ministério pela "degradação" do SNS

“Este é o ministério que não salvaguarda o direito à saúde dos seus utentes nem o direito dos seus trabalhadores médicos a exercerem em condições condignas”, defende a Federação Nacional dos Médicos.

Médicos justificam greve e culpam ministério pela "degradação" do SNS
Notícias ao Minuto

09:52 - 23/05/18 por Tiago Miguel Simões

País FNAM

Consultas desmarcadas, blocos operatórios encerrados e muitas horas de espera foi assim nos passados dias 8, 9 e 10 de maio, aquando da greve dos médicos que congelou os serviços de saúde. Agora, os médicos vêm a público clarificar os seus motivos e justificar a paragem. 

Segundo a Federação Nacional dos Médicos, a greve foi marcada na sequência “da contínua recusa por parte do Ministério da Saúde em negociar com os sindicatos”, uma situação que se arrasta há quase dois anos. 

Os médicos querem, entre outras coisas, reverter as medidas impostas pela troika. Isto é, reduzir de 18 para 12 horas de trabalho em Serviço de Urgência e que as listas de utentes por médico de família diminua de 1.900 para 1.500.

Outra das queixas dos médicos prende-se com a revisão da carreira e grelhas salariais tendo por base o regime das 35 horas semanais, até porque, segundo a FNAM defende, “o Ministério da Saúde sabe que isto implica a estruturação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) – a carreira médica constitui um dos pilares da qualidade dos cuidados de saúde prestados, garantindo uma prática hierarquizada que põe fim não só à indiferenciação médica, mas também à contratação de empresas prestadoras de serviços, responsáveis por gastos exorbitantes”, pode ler-se no comunicado enviado às redações. 

A Federação Nacional dos Médicos fala ainda numa política “desmanteladora do SNS” por parte do ministério e deste Governo que diz estar espelhada na rutura de serviços como o Serviço de Oncologia do Hospital de Santa Maria, a ausência de médico radiologista no serviço noturno do Hospital de São José, a falta de condições da Pediatria do Hospital de São João, o caos nas urgências do Hospital de Faro e a demissão dos diretores de Serviço no Hospital de Viseu. 

Este é o Ministério que não salvaguarda o direito à saúde dos seus utentes nem o direito dos seus trabalhadores médicos a exercerem em condições condignas”, exclama o sindicato, responsabilizando o Ministério da Saúde  "pela degradação da saúde dos portugueses”.

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