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Controlo de velocidade deve ser uma prioridade defendem entidades da área

Participantes num debate sobre prevenção rodoviária alertaram hoje para a necessidade de o controlo da velocidade ser uma prioridade, em particular nos centros urbanos, considerando essa aposta tão ou mais importante que a do controlo do excesso de álcool.

Controlo de velocidade deve ser uma prioridade defendem entidades da área
Notícias ao Minuto

19:50 - 08/05/18 por Lusa

País Debate

A segurança rodoviária foi hoje debatida num fórum da Comissão Parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas, em Lisboa, que contou com a participação de várias entidades ligadas à área.

O presidente da Associação de Cidadãos Automobilizados (ACA-M), Mário Alves, e o presidente do Conselho de Direção da Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP) defenderam a necessidade de maior fiscalização da velocidade, em especial nos centros urbanos onde se registam elevados índices de sinistralidade.

Para o presidente da ACA-M, a fiscalização da velocidade, tanto ou mais que do álcool, deve ser aliás um marco da próxima década em matéria de segurança rodoviária.

O presidente da PRP, José Miguel Trigoso, chamou a atenção que Portugal, juntamente com a Roménia, é dos países da União Europeia com maior número de vítimas mortais e de feridos graves nas localidades em consequência de acidentes.

José Miguel Trigoso defende que seja assumida como prioridade a gestão inteligente das velocidades praticadas, assim como uma aposta na formação dos condutores para que percebam a velocidade adequada a cada situação.

Considera ainda necessária a aplicação de sanções e a intensificação da fiscalização, indicando que Portugal é um dos três países da União Europeia com menos autos levantados por excesso de velocidade, os outros são a Grécia e a Suécia.

O presidente da PRP destacou também a importância da fiscalização ao excesso de álcool, considerando ser ainda "brutal" ser detetado em 32 por cento dos condutores e 20 por cento dos peões.

José Miguel Trigoso referiu que o número global de acidentes é ainda elevado e que "a única coisa que tem vindo a diminuir nos últimos anos é o número de mortos" mantendo-se elevado o número de feridos graves e ligeiros.

"A única coisa que baixámos até 2016 foi a mortalidade. A sinistralidade não baixámos" disse.

Entre 2010 e 2016, explicou registaram-se as maiores descidas.

O presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), Jorge Jacob, fez também referência ao número de acidentes e de vítimas em meio urbano referindo que 78 por cento dos acidentes em 2017 ocorreram dentro das localidades e 22 por cento "em estrada aberta".

"Tivemos o agravamento dos acidentes dentro das cidades e o agravamento do número de mortes também", disse.

Segundo dados da ANSR, os acidentes nas estradas portuguesas provocaram 137 mortos nos quatro primeiros meses deste ano, mais sete do que em igual período de 2017.

A ANSR, que reúne dados da PSP e GNR, divulgou recentemente estes dados indicando que, entre 01 de janeiro e 30 de abril, registaram-se 42.180 acidentes rodoviários, mais 2.403 do que no mesmo período de 2017.

Segundo a ANSR, Setúbal lidera a lista dos distritos com mais mortos nas estradas (22), seguido do Porto (17) e de Lisboa (14).

Os distritos com menos mortos este ano são Portalegre (um) e Viana do Castelo e Coimbra, com duas vítimas mortais em cada um.

Os feridos graves diminuíram, tendo ficado gravemente feridas 520 pessoas nos primeiros quatro meses do ano, menos 111 do que em igual período de 2017.

A ANSR indica ainda que 11.937 pessoas sofreram ferimentos ligeiros entre janeiro e abril, mais 100 do que nos mesmos meses de 2017.

Os dados da Segurança Rodoviária dizem respeito aos mortos cujo óbito foi declarado no local do acidente ou a caminho do hospital.

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