Porque é que preferimos a comida que nos faz mal à que é saudável?
Até os podemos saber distinguir muito bem, mas é fácil deixar-se cair na tentação.
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Lifestyle Alimentação
Se até sabemos distinguir entre os alimentos saudáveis e não saudáveis, porque é que muitas vezes ainda preferimos os não saudáveis?
A questão pode estar muito mais ligada à intuição enraizada do que à racionalidade. Melanie Muhl e Diane von Kopp, autoras do livro ‘42 chaves para comer de forma inteligente’, explicam que a ideia de que o que não é saudável, por si só, sabe bem e até melhor do que o que é saudável, não só é muito generalizada como enraizada, sendo-nos incutida desde que somos crianças.
Está nas entrelinhas de frases ditas pelos pais, como: “Depois de comeres os brócolos, terás como a tua recompensa a mousse de chocolate”. Primeira a obrigação, depois a diversão, primeiro o que sabe mal, para depois comer o que sabe bem.
Como reporta o El Confidencial, os estudos revelam que basta que nos avisem que nos vão dar comida saudável para que as nossas expectativas relativamente ao sabor baixem.
O facto de estarmos geneticamente ‘programados’ para querer consumir açúcar e gordura também não nos ajuda a fazer uma dieta saudável. Sendo este facto utilizado pela indústria em seu próprio favorecimento, ainda dificulta mais as coisas. No seu livro ‘Porque é que os Humanos Gostam de Junk Food’ Steven Whitley fala de como as combinações de claro e escuro, doce e salgado, crocante e sedoso, são particularmente estimulantes para o cérebro – algo que também é aproveitado pela indústria alimentar.
Ter uma melhor consciência da saúde do nosso corpo e da frescura e qualidade dos alimentos saudáveis, utilizá-los nas receitas e deixar-se inspirar por receitas saborosas e saudáveis pode ser a chave para acabar com esta ‘intuição’ de que o que não é saudável sabe bem e de que a comida saudável não tem sabor ou sabe mal.
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