Londres felicita Kenyatta pela sua reeleição como presidente do Quénia
Londres felicitou, no sábado, Uhuru Kenyatta pela sua reeleição como Presidente do Quénia, onde pelo menos 11 pessoas morreram após o anúncio do resultado eleitoral que a oposição contesta e qualifica de "farsa".
© Reuters
Mundo Eleições
"Terça-feira foi um dia histórico para o Quénia, com milhões de quenianos a saírem para votar nas eleições gerais. O Reino Unido congratula calorosamente o Presidente Kenyatta pela reeleição", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Boris Johnson, citado num comunicado divulgado na noite de sábado.
Segundo uma contagem da agência de notícias France Presse, os confrontos entre manifestantes e polícia resultaram em pelo menos 11 mortos, nove nos bairros da lata de Nairobi e dois no oeste do país, perto de Kisumu e Siaya, desde a noite de sexta-feira.
A Comissão Nacional para os Direitos Humanos do Quénia (KNCHR, na sigla em inglês) referiu, no sábado, por seu turno, que pelo menos 24 pessoas, incluindo dois menores, morreram devido a tiros da polícia durante protestos em diferentes zonas do país.
Segundo a organização, do total, 17 morreram em subúrbios da capital, Nairobi, entre a polícia e apoiantes da oposição, que não aceita a vitória eleitoral do Presidente cessante, alegando a existência de fraude.
"Juntamo-nos ao povo queniano no luto por aqueles que morreram, apelando aos que têm influência para exercer contenção neste difícil momento a fim de garantir a calma, e na homenagem ao grande número dos que foram votar para decidir o seu futuro", sublinhou Boris Johnson.
A Comissão Eleitoral do Quénia confirmou na sexta-feira que o Presidente Uhuru Kenyatta é o vencedor das eleições de terça-feira, com 54,27% dos votos, enquanto o candidato da oposição Raila Odinga alcançou 44,74%.
A oposição já advertiu que não desistirá da proclamação de Odinga como vencedor das presidenciais, considerando que a repressão dos motins pela polícia constitui uma tentativa "de submeter" a oposição.
Na violência pós-eleitoral de 2007 no Quénia morreram pelo menos 1.100 pessoas e mais de 600 mil foram obrigadas a abandonar as suas casas.
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