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Bloco quer "ser força de governo, com uma nova relação de forças"

O BE elogia "a convergência à esquerda com o PCP", uma "componente importante dos avanços sociais" do período atual e futuro, mas assume que em 2019 "quer ser força de governo, com uma nova relação de forças".

Bloco quer "ser força de governo, com uma nova relação de forças"
Notícias ao Minuto

19:45 - 20/06/18 por Lusa

Política Catarina Martins

Estes são dois dos pontos da moção das principais tendências bloquistas à próxima Convenção, intitulada 'Um Bloco mais forte para mudar o país', à qual a agência Lusa teve hoje acesso, e que é subscrita pela coordenadora nacional do BE, Catarina Martins.

"Em 2019, o Bloco quer ser força de governo, com uma nova relação de forças. Um governo de esquerda dá uma garantia ao povo: defende o salário, a pensão e o emprego. Não aceita recuos, nem a precarização do trabalho, nem a redução do salário e da pensão", pode ler-se na moção.

O texto - subscrito ainda pelo líder parlamentar, Pedro Filipe Soares, e pela eurodeputada Marisa Matias - é claro quanto às intenções dos bloquistas para as duas eleições do próximo ano: "o Bloco apresenta-se ao ciclo eleitoral de 2019 em torno do seu próprio programa e para disputar a representação da maioria".

Na moção é referido que "a convergência à esquerda com o PCP é uma componente importante dos avanços sociais neste período e no futuro", valorizando o BE "um elevado grau de convergência de posições com o PCP, nomeadamente em questões económicas e laborais, ao nível parlamentar e também no terreno social", desde logo porque partilham "responsabilidades na viabilização da atual solução política".

No entanto, os bloquistas assumem que mantiveram com os comunistas "divergências importantes em matérias como a paridade entre homens e mulheres, a legalização da canábis, a extensão da procriação medicamente assistida ou a despenalização da morte assistida".

"A persistência de acusações sectárias não impedirá o Bloco de se continuar a empenhar no sentido do desenvolvimento das possibilidades de convergência e da recusa do sectarismo entre as esquerdas", avisam.

Sobre o "primeiro embate eleitoral de 2019", as eleições europeias, os bloquistas adiantam que vão concorrer "em listas próprias", juntando "forças à esquerda, numa candidatura internacionalista que recusa a submissão aos tratados".

As eleições regionais da Madeira também não são esquecidas na estratégia, sendo referido que "a criação de alternativa à esquerda depende do reforço do Bloco de Esquerda".

"O PSD de Miguel Albuquerque está enfraquecido e, pela primeira vez, é possível retirar a direita do governo. O PS decidiu candidatar Paulo Cafôfo, que ganhou a Câmara Municipal do Funchal numa coligação em que o Bloco participa desde a primeira hora", enfatizam.

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