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FAA ordena inspeções urgentes a motores dos Boeing 737

O regulador norte-americano para a aviação, FAA, exigiu na sexta-feira inspeções urgentes, dentro de 20 dias, de mesmo modelo dos do avião da Southwest Airlines cujo motor explodiu em pleno voo, adiantou a AFP.

FAA ordena inspeções urgentes a motores dos Boeing 737
Notícias ao Minuto

07:11 - 21/04/18 por Lusa

Mundo Estados Unidos

O regulador exige inspeções em 20 dias às pás de ventoinha dos motores da família CFM56 usados pelos Boeing 737, o modelo do avião que na terça-feira aterrou de emergência, quando fazia a viagem entre Nova Iorque e Dallas, com 149 passageiros a bordo, quando um dos motores explodiu em pleno voo, tendo os destroços provocado danos na fuselagem do avião e danificado uma janela, pela qual uma passageira foi parcialmente sugada, tendo morrido em consequência desse acidente.

A exigência da FAA é para motores com mais de 30 mil voos, o que abrange 352 motores só nos Estados Unidos, 681 a nível global.

A FAA justificou a decisão com as conclusões preliminares do inquérito ao acidente de terça-feira e de uma informação divulgada na sexta-feira pelo consórcio franco-americano que constrói os motores, a CFM, que junta a francesa Safran e a norte-americana General Electric.

Até ao final de agosto, segundo a orientação da FAA, devem ser inspecionados aqueles que têm pelo menos 20 mil voos, o que abrange mais 2.500 motores a ser examinados.

A análise preliminar dos investigadores ao acidente, ainda na terça-feira, revelou que o acidente com o Boeing 737 foi em tudo similar ao ocorrido com outro avião da mesma companhia aérea em 2016, o qual levou na altura o construtor dos motores a recomendar novas inspeções às pás de ventoinha de muitos Boeing 737.

O presidente do organismo para a segurança dos transportes nacionais (NTSB, na sigla em inglês) disse à agência Associated Press (AP) que a análise preliminar mostrou sinais de desgaste do metal no sítio do qual as pás se separaram do motor.

A mulher em questão foi a primeira vítima fatal de um acidente de aviação nos EUA com uma companhia norte-americana desde 2009, lembrou a AP.

Um dos motores do Boeing 737, que fazia a ligação entre o aeroporto de LaGuardia, em Nova Iorque, e Dallas, Texas, e que transportava 149 pessoas, terá explodido quando a aeronave se encontrava a 32 mil pés de altitude e os destroços resultantes da explosão terão embatido na fuselagem do avião, danificando uma janela próxima do motor.

Para além da morte de uma mulher, o incidente provocou ainda sete feridos.

Segundo o presidente executivo da companhia aérea norte-americana Southwest Airlines, Gary Kelly, o avião não revelou qualquer problema na inspeção a que foi sujeito no passado domingo, e que já conta com mais de 40 mil descolagens desde que está ao serviço da companhia -- julho de 2000 -- 10 mil das quais já depois da última revisão geral.

O construtor CFM International, uma 'joint venture' entre a General Eletric Co. e a francesa Safran SA, recomendou no passado mês de junho que as companhias aéreas que estivessem a usar determinados tipos de motor levassem a cabo inspeções ultrassónicas para procurar por rachas no material.

No mês passado, os reguladores europeus requereram que as companhias aéreas a voar na Europa fizessem as inspeções recomendadas pelo construtor.

Nos EUA, a Administração para a Aviação Federal (FAA, na sigla inglesa) propôs uma diretiva semelhante em agosto, mas não exigiu as inspeções.

Na proposta da FAA seriam dados às companhias aéreas seis meses para inspecionar as pás de ventoinhas em motores com mais de 7.500 voos efetuados e 18 meses a motores com menos uso.

Não é claro, refere a AP, se isso teria obrigado a Southwest Airlines a realizar rapidamente uma inspeção ao motor que explodiu, que já tinha 10 mil voos realizados desde a última inspeção geral.

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