Congressista renuncia à reeleição por caso de assédio no seu gabinete
A congressista democrata Elizabeth Esty anunciou na segunda-feira que não se vai recandidatar à Câmara dos Representantes depois de ter sido criticada pela gestão de um caso de assédio, ameaças e violência contra mulheres suas colaboradoras.
© Reuters
Mundo Democracia
Esty, eleita pelo Estado do Connecticut, fez o anúncio, de não ir disputar um quarto mandato, em novembro, dias depois de ter pedido desculpas por não ter conseguido proteger o seu 'staff' feminino de ataques do homem que era o seu chefe de gabinete.
Desde o pedido de desculpas na sexta-feira, várias vozes pediram a sua resignação, incluindo dirigentes democratas.
A congressista, que na semana passada insistiu que não resignaria, afirmou na segunda-feira que determinou "ser do melhor interesse" dos seus representados e da sua família terminar o seu mandato no Congresso no final deste ano e não disputar a reeleição.
"Na situação terrível no meu gabinete, poderia e deveria ter feito melhor", admitiu, em comunicado.
O anúncio de Esty foi feito horas depois de ter solicitado à comissão de Ética da Câmara dos Representantes que analisasse as suas ações para determinar se tinha havido alguma má prática da sua parte.
Esty afirmou que lamentava não ter agido em consequência de uma investigação interna às alegações, datadas de 2016, contra Tony Baker, que revelou acusações generalizadas de abuso, bem como ter "dado a assistência mínima a este indivíduo quando procurou um novo emprego".
Um porta-voz de Baker afirmou aos jornais Hearst Connecticut Media e Washington Post que ele negava algumas das alegações.
Esty afirmou que soube, através de uma terceira parte, em 2016, de possíveis condutas incorretas de Baker, envolvendo uma antiga colaboradora, que trabalhou no seu gabinete entre 2013 e 2015.
A congressista especificou que despediu Baker cerca de três meses depois de ter recebido um relatório de uma investigação interna, que revelou comportamento inapropriado de Baker que afetou várias mulheres que trabalhavam no gabinete de Esty.
Antes que notícias desta realidade fossem divulgadas, Esty distribuiu comunicados em que apelou a proteções mais fortes dos colaboradores dos congressistas e reclamou a resignação do congressista democrata John Conyers, do Estado do Michigan, devido a acusações de comportamento inapropriado.
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