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"Massacre" em Gaza fez reunir de emergência Conselho de Segurança da ONU

Palestina lamenta que ONU não tenha condenado "massacre hediondo" na Faixa de Gaza, onde, pelo menos 15 palestinianos foram mortos por soldados isrealitas durante os confrontos. Receia-se que situação se deteriore nos próximos dias.

"Massacre" em Gaza fez reunir de emergência Conselho de Segurança da ONU
Notícias ao Minuto

06:09 - 31/03/18 por Lusa

Mundo Conflito

Falando na abertura de uma reunião de emergência convocada pelo Conselho de Segurança da ONU para analisar a violência que irrompeu quinta-feira na Faixa de Gaza, o subsecretário de Assuntos Políticos pediu às forças israelitas que observem a "máxima restrição" a fim de evitar mais mortes.

"Existe o receio de que a situação se deteriore nos próximos dias. É imperativo que as crianças não sejam usadas como alvos", disse o funcionário sénior da ONU.

Na sua mensagem, o número dois do Departamento de Assuntos Políticos da ONU disse que a agitação na Faixa de Gaza é uma "memória dolorosa" da paz que falta no Médio Oriente e pediu às partes em conflito que encontrem uma solução pacífica.

A reunião do conselho foi inicialmente convocada para decorrer à porta fechada, sob a presidência rotativa da Holanda, mas, como não foi alcançado um consenso para uma declaração conjunta no final da sessão, foi decidido abri-la ao público.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, manifestou-se "profundamente preocupado" com os confrontos na Faixa de Gaza e pediu "uma investigação independente e transparente a estes incidentes."

Por eu turno, o embaixador da Palestina lamentou o facto de o Conselho de Segurança não ter condenado o que chamou de "massacre hediondo" de manifestantes pacíficos na Faixa de Gaza.

A luta entre milhares de palestinianos na fronteira e os soldados israelitas degenerou em confrontos com consequências das mais gravosas dos últimos anos.

Dezenas de milhar de palestinianos, incluindo mulheres e crianças, convergiram para a barreira fronteiriça que separa a Faixa de Gaza de Israel, no âmbito da "grande marcha de regresso", e envolveram-se em confrontos com os soldados israelitas.

O movimento de protesto, organizado pelo Hamas (movimento fundamentalista islâmico da Palestina) deve durar seis semanas e destina-se a exigir o "direito de retorno" dos refugiados palestinianos e denunciar o estrito bloqueio de Gaza.

O saldo de 16 mortos torna o dia de hoje o mais sangrento em Gaza desde a guerra de 2014 entre Israel e o Hamas. Os confrontos ao longo da vedação provocaram pelo menos 750 feridos, disse o Ministério da Saúde da Palestina, citado pela Agência Associated Press.

Milhares de pessoas, cerca de 17 mil segundo algumas agências internacionais e 30.000 segundo outras, concentraram-se junto de vários pontos da fronteira de Gaza com Israel. O movimento radical palestiniano controla a faixa de Gaza, enclave palestiniano sob bloqueio israelita e egípcio, desde 2007.

As forças israelitas, que também destacaram blindados para a zona fronteiriça, utilizaram munições reais contra os manifestantes que tentavam ultrapassar as barreiras de segurança.

O exército israelita afirmou que utilizou balas reais depois de os manifestantes palestinianos, situados junto à zona fronteiriça, terem lançado pedras e bombas incendiárias em direção aos soldados israelitas.

O exército informou também que atacou três posições do Hamas, com tanques e aviões, na sequência dos ataques contra a fronteira, que incluíram disparos do lado palestiniano por parte de duas pessoas, que foram mortas.

Uma porta-voz do Exército israelita, citado pela agência Efe, disse que os suspeitos "se aproximaram da cerca de segurança e dispararam contra as tropas do Exército" e que, como resposta, os soldados dispararam "contra os terroristas" e também contra "três posições perto do Hamas".

Israel não reportou vítimas nem danos materiais.

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