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Egito. Amnistia aborda "condenações à morte após julgamentos injustos"

Cairo, 27 mar (Lusa) -- A Amnistia Internacional (AI) denunciou hoje a condenação à morte de dois homens no Egito "após um julgamento extremamente injusto", confirmada na segunda-feira por um tribunal de recurso militar.

Egito. Amnistia aborda "condenações à morte após julgamentos injustos"
Notícias ao Minuto

17:14 - 27/03/18 por Lusa

Mundo AI

"Nos últimos anos registou-se um aumento das execuções no Egito, em particular após sentenças militares. Agora existe o risco de que estes dois homens sejam executados nas próximas semanas, e o presidente Al-Sisi deveria ordenar o fim destas execuções", indicou em comunicado a diretora das campanhas por o Norte de África da AI, Nayia Bounaim.

Segundo a organização de defesa dos direitos humanos, e desde o golpe militar de julho de 2013, os tribunais egípcios decretaram 1.400 penas de morte "na sequência de julgamentos injustos, e numerosas vezes baseados em confissões extraídas sob tortura".

Um tribunal militar de apelo confirmou ontem esta sentença para Ahmed Amin Ghazali e Abdul Basir Abdul Rauf após "confissões extraídas sob tortura durante o seu desaparecimento forçado", assinalou a AI, e que segundo as autoridades egípcias terão revelado "pertencer a grupos proibidos e atacar instituições militares".

Esta confirmação ocorre quando se aguarda a reeleição de Abdel Fatah al-Sisi para um segundo mandato em eleições presidenciais que terminam amanhã. O mentor do golpe militar de 2013 que derrubou o presidente pró-islamita Mohamed Morsi tem a reeleição assegurada após ter afastado da campanha os principais opositores.

A Iniciativa Egípcia para os Direitos Pessoais e o Centro Adala para os Direitos e Liberdades asseguram que em 2017 os tribunais egípcios emitiram 388 condenações à morte, em primeira instância e definitivas.

Apesar dos desmentidos de Al-Sisi sobre as frequentes práticas de tortura, diversos tribunais do país têm perseguido e condenado responsáveis oficiais e membros dos serviços de segurança por tortura e abusos dos direitos humanos.

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