O Supremo Tribunal espanhol decidiu aplicar esta sexta-feira a medida de prisão efetiva sem fiança a cinco políticos independentistas catalães suspeitos do delito de rebelião no quadro da tentativa de criação de uma república independente na Catalunha. Entre esses cinco políticos, encontra-se Jordi Turull, candidato à presidência da Generalitat.
O juiz do Supremo, Pablo Llarena, ordenou ainda a detenção da ex-presidente do parlamento catalão Carme Forcadell, e dos ex-conselheiros (ministros regionais) Raúl Romeva, Josep Rull e Dolors Bassa.
O magistrado considera que há risco de fuga e de voltarem a cometer os mesmos delitos.
Llarena considera que estes políticos separatistas catalães atuaram em conluio nos últimos anos para executar um plano que levava a uma declaração de independência da Catalunha, contra a Constituição espanhola.
A decisão tomada esta sexta-feira pelo juiz do Supremo significa que dificilmente Jordi Turull vai marcar presença no segundo debate de investidura marcado para este sábado, como referem os meios de comunicação espanhóis. No primeiro debate, a abstenção do Unidade Popular inviabilizou a investidura de Turull.
O crime de rebelião pode ser punido com uma pena de cinco a dez anos de prisão.
Estes independentistas juntam-se a outros que já estão detidos de forma cautelar há alguns meses: o ex-vice-presidente do Governo regional Oriol Junqueras, o ex-conselheiros Joaquim Forn, o ex-presidente de uma associação cívica separatista (ANC) que agora é deputado regional, Jordi Sánchez, e o presidente da associação Òmnium Cultural, Jordi Cuixart.