ONU renova missão no Sudão do Sul por mais um ano
O Conselho de Segurança da ONU aprovou hoje a renovação do mandato da missão das Nações Unidas no Sudão do Sul por mais um ano, expressando uma crescente preocupação face à atual situação daquele país.
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Por unanimidade, os 15 Estados-membros do Conselho de Segurança da ONU aprovavam o prolongamento da missão, mas também a manutenção da dimensão do contingente destacado, com um máximo de 17 mil soldados e 2.101 polícias.
O atual mandato da missão, conhecida pela sigla em inglês UNMISS, terminava este mês, depois de ter sido prolongado de forma temporária em dezembro do ano passado. Na altura, a ONU alegou que precisava de mais tempo para estudar eventuais mudanças.
Apesar de manter o seu formato inicial, a UNMISS pretende dar agora um maior enfoque à proteção de civis, como recomendou o secretário-geral da ONU, António Guterres.
O Conselho de Segurança da ONU reiterou que não pode haver uma solução militar para a crise do Sudão do Sul, o país mais jovem do mundo após a separação do Sudão em 2011, expressando a sua "profunda preocupação pela crescente força da violência em todo o país".
O órgão das Nações Unidas criticou as partes envolvidas no conflito civil, que afeta a jovem nação nos últimos anos, por ignorarem os apelos para o fim das hostilidades e exigiu o fim imediato dos confrontos.
O Sudão do Sul está envolvido num conflito civil desde 2013, depois do Presidente sul-sudanês, Salva Kiir, ter acusado o líder rebelde e ex-vice-Presidente Riek Machar de planear um golpe de Estado.
As duas partes firmaram um acordo de paz em agosto de 2015 que levou à criação de um governo de unidade nacional, mas em julho de 2016 a violência voltou ao país.
O conflito já fez, desde dezembro de 2013, dezenas de milhares de mortos e cerca de 2,5 milhões de deslocados.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) diz que desde o início do conflito civil cerca de 330 mil refugiados sul-sudaneses chegaram ao "vizinho" Sudão.
Em 2017, o Sudão do Sul declarou fome em algumas das regiões do seu território.
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