UE pede sanções contra birmaneses por violações de direitos humanos
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) condenaram hoje as "contínuas e sistemáticas" violações de direitos humanos cometidas por militares e forças de segurança na Birmânia e pediram sanções contra "oficiais de alta patente".
© Reuters
Mundo Oficiais
Nas conclusões da reunião, os ministros pediram à chefe da diplomacia da UE, Federica Mogherini, que proponha sanções contra oficiais de alta patente das forças militares da Birmânia (atual Myanmar) "responsáveis por graves e sistemáticas violações de direitos humanos".
O conselho pede também a Mogherini que apresente propostas para uma extensão do embargo às armas e equipamento que possa ser usado para repressão interna.
Segundo o Conselho da UE, mais de 680 mil pessoas, sobretudo da minoria muçulmana Rohingya, fugiram das suas casas no estado de Rahkine e procuraram refúgio no Bangladesh.
O atual êxodo dos 'rohingyas' teve início em meados de agosto, quando foi lançada uma operação militar do exército de Myanmar contra o movimento rebelde Exército de Salvação do Estado Rohingya devido a ataques da rebelião a postos militares e policiais.
Esta campanha de repressão do exército birmanês já foi classificada pela ONU como uma limpeza étnica e como uma das crises humanitárias mais graves do início do século XXI.
O Estado birmanês não reconhece esta minoria e impõe múltiplas restrições aos 'rohingyas', nomeadamente a liberdade de movimentos.
Desde que a nacionalidade birmanesa lhes foi retirada em 1982, os 'rohingyas' têm sido submetidos a muitas restrições: não podem viajar ou casar sem autorização, não têm acesso ao mercado de trabalho, nem aos serviços públicos (escolas e hospitais).
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