Turistas, fãs de cinema ou adeptos dos desportos de combate, formam aglomerados cada vez mais numerosos junto à estátua de bronze do artista, na "Avenida das estrelas", em Kowloon, de frente para os arranha-céus de Hong Kong.
“Este monumento honra a memória de Bruce Lee e recorda-nos o sonho que tínhamos, em criança, de um mundo livre das forças maléficas pelos defensores da justiça", é referido num ‘site' de fãs.
Bruce Lee (Li Xiaolong, em chinês), nasceu na chinatown de São Francisco, Califórnia, e cresceu em Hong Kong, onde se tornou um ícone da cultura popular chinesa, e faleceu a 20 de julho de 1973, com 32 anos, devido a um edema cerebral.
Mestre em artes marciais, Bruce Lee conheceu uma carreira breve, mas prolífica com filmes que se tornaram de culto como "Big Boss" (1972) ou "A fúria do dragão" (do mesmo ano).
Os seus filmes, porém, só mais tarde chegaram à República Popular da China, que na altura era um país muito fechado e vivia então em plena Revolução Cultural Proletária.
Para assinalar o 40.º aniversário da sua morte, um "passeio Bruce Lee" leva os fãs sobre os passos do mestre em Hong Kong: as casas, a escola, ou mesmo um mosteiro, que aparece no filme "A fúria do dragão".
A filha, Shannon Lee, inaugurou, no sábado, uma grande exposição no Hong Kong Heritage Museum, que inclui 600 itens que pertenceram ao ícone das artes marciais, incluindo livros, cadernos, e peças de roupa.
Shannon Lee tinha quatro anos quando o pai morreu.
"Eu conheço-o de uma forma diferente. Através das pessoas que o conheciam, dos seus amigos, da minha família, mas também através de suas próprias palavras, porque ele escreveu muito", ao anotar todos os livros que lia, afirmou.
Campeão de ‘Kung Fu' e criador de ‘Jeet Kune Do', uma arte marcial com as mãos desprotegidas, tem muitos seguidores, como Jackie Chan.
"Ele alcançou a fama através do Kung Fu. É como a dança e a música, é uma linguagem que é suficiente em si mesma", afirmou o seu biógrafo, Roger Lo.
Os filmes de Bruce Lee, afirmou o biógrafo, "são como os filmes mudos de Charlie Chaplin: universais".
Para Roger Lo, "Bruce Lee construiu pontes entre as culturas ocidentais e orientais", uma vez que ele cresceu em Hong Kong e nos Estados Unidos.