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Eleições: Madrid garante segurança perante possíveis ingerências externas

O Governo espanhol está a trabalhar para garantir a segurança e a "limpeza democrática" nas eleições de 21 de dezembro na Catalunha perante as hipotéticas de ingerências externas nessa consulta, nomeadamente por parte da Rússia.

Eleições: Madrid garante segurança perante possíveis ingerências externas
Notícias ao Minuto

16:11 - 14/12/17 por Lusa

Mundo Catalunha

Citada pela agência EFE, a vice-presidente do Governo espanhol, Soraya Saénz de Santamaría, revelou hoje em Madrid que vários departamentos governamentais e especialistas em segurança e informática do Centro Nacional de Informação (CNI) espanhol em colaboração com a empresa encarregue da contagem dos votos estão a trabalhar intensamente para preservar a segurança das eleições catalãs.

A responsável governamental foi ouvida esta manhã à porta fechada numa comissão especial do parlamento espanhol -- conhecida por tratar os segredos de Estado -- para informar sobre as presumíveis ingerências russas no processo independentista da Catalunha.

Soraya Saénz de Santamaría não quis, à saída da audição, revelar o conteúdo das explicações dadas, mas agradeceu o interesse dos grupos parlamentares pelo problema e sublinhou a preocupação partilhada em relação à ciber-segurança, assim como a necessidade de reforçar os mecanismos de defesa.

"Este país se tem experiência nalguma coisa é a realizar eleições com absoluta clareza e assim será feito sempre, porque também estamos a contar com as pessoas que a partir da Generalitat [governo regional catalão] organizaram também muitas eleições", disse a responsável.

Saenz de Santamaría já tinha avançado na quarta-feira que o Governo espanhol irá pôr em marcha no primeiro semestre de 2018 um centro de operações de segurança para dar uma resposta mais eficaz às ciber-ameaças e combater a desinformação na internet, com um custo inicial de 16 milhões de euros.

A vice-presidente destacou que o executivo espanhol está a fazer um trabalho "muito intenso" face às eleições catalãs, para se antecipar a problemas que possam surgir e estar preparados perante as tentativas de desinformação.

"Aprendemos com o que está a ocorrer e com o que aconteceu" no passado, sublinhou.

Nenhum deputado que assistiu à reunião deu qualquer informação sobre as explicações de Saenz de Santamaría, assim como preveem os regulamentos para este tipo de audições.

O Governo espanhol suspeita que houve interferências russas e venezuelanas no processo independentista da Catalunha.

Em declarações feitas em meados de outubro, a ministra espanhola da Defesa, María Dolores de Cospedal, disse que havia fortes indícios que grupos sediados na Rússia e na Venezuela utilizaram várias redes sociais para fomentar a independência da Catalunha, nomeadamente através do apelo ao referendo.

Apesar de os líderes separatistas catalães terem negado essa interferência, o Executivo espanhol insistiu que tem fortes suspeitas da influência de grupos privados, mas também estatais russos e venezuelanos, a tentar influenciar a opinião pública em defesa da causa separatista.

As eleições regionais de 21 de dezembro foram convocadas pelo chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy, em 27 de outubro passado, no mesmo dia em que decidiu dissolver o parlamento da Catalunha e destituir o executivo regional presidido por Carles Puigdemont.

Os partidos separatistas ganharam as últimas eleições regionais, em 2015, com 72 deputados num total de 135 no parlamento regional, o que lhes permitiu formar um Governo que organizou um referendo de autodeterminação em 01 de outubro último, que foi considerado ilegal pelo Estado espanhol.

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