Polícia detém 37 pessoas devido à invasão do parlamento em abril
A polícia macedónia deteve hoje o ex-ministro do Interior Mitko Chavkov e outras 36 pessoas, incluindo vários deputados do principal partido da oposição, na sequência de uma entrada violenta no parlamento, em abril passado, de grupos nacionalistas.
© Reuters
Mundo Macedónia
De acordo com a procuradoria, os detidos deverão comparecer ao longo do dia perante um juiz de instrução sob a acusação de "invasão terrorista" de uma instituição constitucional.
A presença policial foi visivelmente reforçada junto ao tribunal onde deverão comparecer.
Entre os detidos encontram-se três deputados da aliança conservadora VMRO-DPMNE, o partido liderado por Nikola Gruevski que dominou a vida política do país durante mais de uma década, assim como dezenas de membros da sociedade civil, que na primavera organizaram protestos contra Partido social-democrata (SDSM), liderado por Zoran Zaev, que ainda não tinha assumido o cargo de primeiro-ministro.
Nas legislativas de dezembro de 2016, o VMRO-DPMNE garantiu 39,39% dos votos e 61 lugares, contra 37,87% dos votos e 49 lugares, num parlamento com 120 deputados.
Os protestos foram motivados pelas negociações dos sociais-democratas com partidos na minoria albanesa (25% da população desta ex-república jugoslava) presentes no hemiciclo e após diversas concessões de Zaev, incluindo na questão da língua, que segundo os movimentos nacionalistas minavam a unidade nacional.
Os manifestantes entraram no hemiciclo após ter sido divulgado que a coligação de sociais-democratas com os partidos albaneses tinha eleito para novo presidente do parlamento o albanês Talat Xhaferi.
Esta eleição foi contestada por ter ocorrido após o final da sessão parlamentar e sem a presença no número suficiente de deputados para ser legitimada.
No decurso dos protestos, que se prolongaram por várias semanas, registou-se a invasão violenta do parlamento que provocou mais de 100 feridos, incluindo o atual primeiro-ministro.
Os manifestantes acusaram o SDSM de ter organizado um "golpe de Estado" com o apoio da Albânia.
Após várias horas de confrontos com os manifestantes, a polícia conseguiu dispersar os manifestantes e retomar o controlo do edifício.
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