Diagnosticado primeiro caso de CTE num paciente vivo
Até aqui esta doença neurodegenerativa só podia ser identificada com um exame feito depois da morte. O paciente era um antigo jogador de futebol americano.
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Mundo Descoberta
É um passo importante para a ciência. Pela primeira vez foi diagnosticado CTE num paciente vivo. A encefalopatia traumática crónica é uma doença provocada por repetidos impactos na cabeça e que afeta principalmente praticantes de desportos como o futebol americano, boxe ou o wrestling.
Perda de memória, raiva, mudanças de humor e, nalguns casos, tendências suicidas são alguns dos sintomas que se manifestam. No entanto, até esta altura só era possível diagnosticar a CTE realizando um exame ao cérebro depois da morte.
Mas agora, e de acordo com um artigo publicado esta semana no jornal Neurosurgery, a doença foi diagnosticada pela primeira vez num paciente vivo.
O principal autor deste estudo é o médico Bennet Omalu, considerado como o primeiro a descobrir a CTE em jogadores de futebol americano. Embora o artigo que saiu na Neurosurgery não revelasse o nome do paciente, Omalu disse à CNN que se tratava de Fred McNeill, um antigo jogador da NFL, que morreu em 2015.
A descoberta foi feita em 2012. Bennet Omalu recorreu a um scan experimental ao cérebro que permitiu detetar o rasto de um proteína da CTE chamada tau. Omalu e a sua equipa tinham a certeza que se tratava da encefalopatia traumática crónica, mas só quando fizeram a autópsia a Fred McNeill é que tiveram a confirmação de que este scan experimental pode detetar a CTE.
Bennet Omalu diz que vai dar início à fase do ensaio clínico para testar mais esta tecnologia e replicá-la.
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