Cinco soldados ucranianos mortos em confrontos no leste separatista
Cinco soldados ucranianos foram hoje mortos em confrontos com rebeldes separatistas pró-russos na região de Lugansk (leste da Ucrânia), anunciou hoje fonte oficial em Kiev.
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Mundo Lugansk
Tratam-se das baixas mais importantes registadas num único dia pelas forças ucranianas após o novo cessar-fogo, em vigor desde agosto.
Os confrontos ocorreram perto da localidade de Krymskoe, 40 quilómetros a norte de Lugansk, a "capital" de uma das duas regiões separatistas que escapam ao controlo de Kiev, disse aos jornalistas Oleksandr Tourtchinov, secretário do Conselho de segurança e de defesa ucraniano.
Este responsável acuou ainda a Rússia de ter recentemente "aumentado o seu contingente militar nos territórios ocupados", uma fórmula pela qual Kiev designa as duas "repúblicas" autoproclamadas de Lugansk e de Donetsk.
Os observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) consideraram por sua vez que "o nível de violência aumentou" e na semana passada registaram "o mais elevado número de violações do cessar-fogo em uma semana desde meados de junho".
A OSCE revelou no entanto que "a calma prevalece" em Lugansk, como uma "presença militar reduzida" após diversos dias de crise interna entre responsáveis locais.
Na quarta-feira, o dirigente desta república autoproclamada, Igor Plotnitski, denunciou uma tentativa de golpe de Estado fomentada pelo seu ministro do Interior, Igor Kornet.
De visita a Bruxelas, o Presidente ucraniano Petro Poroshenko abordou com a chanceler alemã Angela Merkel a "perigosa evolução da situação no Donbass [região que engloba Donetsk e Lugansk], segundo um comunicado da Presidência ucraniana.
A Ucrânia está envolvida num conflito interno desde 2004 que opõe as forças governamentais aos separatistas pró-russos e que já provocou mais de 10.000 mortos. Kiev e os países ocidentais acusam a Rússia de apoio militar aos rebeldes, alegação que Moscovo tem desmentido.
Os acordos de paz assinados em Minsk em 2015 implicaram diversas tréguas, e terminaram com os combates generalizados. No entanto, o segmento político do acordo nunca foi aplicado, com os beligerantes a atribuírem responsabilidades mútuas pelo impasse.
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