Egito reabre passagem com Faixa de Gaza durante três dias
A passagem fronteiriça entre a Faixa de Gaza, geralmente encerrada, deverá ser reaberta pela primeira vez desde a conclusão em outubro de um acordo de reconciliação entre as duas principais formações palestinianas, indicou um responsável palestiniano.
© Reuters
Mundo Fronteira
Iyad al-Bozum, porta-voz do ministério do Interior na Faixa de Gaza, o enclave palestiniano governado pelo movimento islamita Hamas, afirmou à agência noticiosa France-Presse (AFP) que o ponto de passagem de Rafah será reaberto provisoriamente no sábado, mas apenas por três dias.
O mesmo responsável precisou que apenas os casos humanitários registados junto do ministério do Interior serão autorizados a transpor esta passagem fronteiriça, num total de cerca de 20.000 pessoas.
O ponto de passagem de Rafah, a única zona de fronteira da Faixa de Gaza em direção ao mundo exterior que não é controlada por Israel, tem estado encerrada desde há vários anos, reforçando o isolamento do enclave palestiniano.
A Faixa de Gaza está submetida a um poderoso bloqueio israelita desde 2007. Israel já desencadeou três guerras contra o Hamas, que desde essa data governa na Faixa de Gaza.
Devido ao acordo de reconciliação, o Hamas deverá restituir o poder na Faixa de Gaza à Autoridade palestiniana, dominada pela fação Fatah laica e moderada, até 01 de dezembro.
Em 01 de novembro, a Autoridade palestiniana retomou o controlo, do lado palestiniano, dos postos fronteiriços com Israel e o Egito.
Este acordo, patrocinado pelo Egito, deverá implicar uma abertura mais regular da fronteira, que o Cairo tem mantido praticamente encerrada nos últimos anos.
Apesar do acordo, ainda não foram sanadas todas as divergências entre palestinianos, em particular a questão do controlo da segurança na Faixa de Gaza.
No âmbito das conversações, o chefe dos serviços de segurança da Autoridade palestiniana, Majed Faraj, chegou hoje a Gaza para ser reunir com Yahya Sinwar, alto responsável do Hamas.
Os problemas de segurança na península do Sinai constituem ainda um motivo de inquietação para o Egito, que no dia 21 de novembro deverá acolher uma reunião interpalestiniana para discutir as próximas etapas da reconciliação.
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