A saída de Portas é a terceira baixa do governo em menos de um ano, depois das demissões de Miguel Relvas e Vítor Gaspar, mas "ainda não é claro se o CDS/PP (o partido presidido pelo MNE demissionário) abandonará também a coligação", indicou a Xinhua.
No seu noticiário sobre a crise política em Portugal, difundido hoje de madrugada (hora local), a Xinhua refere que Portas "discordou das duras medidas de austeridade, em particular a redução das pensões de reforma, impostas no âmbito do resgate de 78.000 milhões de euros concedido pela União Europeia, Fundo Monetário Internacional e o Banco Central Europeu".
Contudo, já depois de Paulo Portas ter anunciado a demissão, Passos Coelho disse que "tentará tudo para alcançar um consenso com o CDS/PP para garantir a estabilidade política em Portugal", noticiou a Xinhua.
A agência noticiosa chinesa salientou que o primeiro-ministro português não tenciona demitir-se.
A coligação que governa Portugal foi constituída depois das eleições legislativas de junho de 2011.
Paulo Portas apresentou a demissão na terça-feira, um dia depois da saída do ministro das Finanças, Vítor Gaspar.
O líder do CDS/PP, que qualificou a sua decisão como "irrevogável", justificou a demissão com a discordância acerca da escolha de Maria Luís Albuquerque, ex-secretaria de Estado de Vítor Gaspar, para dirigir a pasta das Finanças.