Para Sáenz de Santamaría, as novas páginas ("sites") serão "pão de um dia" (provérbio espanhol que transmite ideia de brevidade) e avisa que, se o governo regional e os separatistas quiserem mostrar que "são mais espertos porque contornam a lei, a lei será reposta com toda a força do estado de direito, com toda a tranquilidade, com toda a paz, mas também com toda a firmeza".
Numa entrevista hoje ao canal de televisão espanhol Telecinco, esta responsável governamental explicou ser espectável que o Governo regional (Generalitat) abra outra ou outras páginas web a favor do referendo, mas avisou que as forças policiais têm uma grande experiência na luta contra o cibercrime.
O presidente do executivo catalão, Carles Puigdemont, difundiu na quarta-feira ao fim do dia, através da sua conta na rede social Twitter, novos "links" da página do referendo, para contrariar o encerramento no domingo passado pela Guardia Civil da página inicial.
Madrid está a tentar, pela via judicial, impedir a realização do referendo separatista convocado pelas instituições catalãs e considerado ilegal por Madrid.
Os independentistas defendem que cabe apenas aos catalães a decisão sobre a permanência da região em Espanha, enquanto Madrid se apoia na Constituição do país para insistir que a decisão sobre uma eventual divisão do país tem de ser tomada pela totalidade dos espanhóis.
Os partidos separatistas têm uma maioria de deputados no parlamento regional desde setembro de 2015, o que lhes deu a força necessária, em 2016, para declararem que iriam organizar este ano um referendo sobre a independência, mesmo sem o acordo de Madrid.