O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, respondeu, este domingo, à proposta de Vladimir Putin para "negociações diretas" entre os dois países já esta semana e mostrou-se pronto para um encontro para que se alcance um cessar-fogo.
"É um sinal positivo de que os russos estão finalmente a começar a considerar o fim da guerra. O mundo inteiro tem estado à espera disto há muito tempo e o primeiro passo para acabar verdadeiramente com qualquer guerra é um cessar-fogo. Não faz sentido continuar a matança, nem por um único dia. Esperamos que a Rússia confirme um cessar-fogo – total, duradouro e fiável – a partir de amanhã, 12 de maio, e a Ucrânia está pronta para cumprir", garantiu Zelensky, numa publicação no X (ex-Twitter).
It is a positive sign that the Russians have finally begun to consider ending the war. The entire world has been waiting for this for a very long time. And the very first step in truly ending any war is a ceasefire.
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) May 11, 2025
There is no point in continuing the killing even for a single…
O cessar-fogo de três dias unilateralmente declarado pela Rússia na Ucrânia terminou às 00h00 de domingo locais (22h00 de sábado em Lisboa), por entre apelos ocidentais para um prolongamento de pelo menos um mês a partir de segunda-feira.
Os líderes de França, Reino Unido, Alemanha e Polónia, que se deslocaram a Kyiv, ameaçaram no sábado Moscovo com duras sanções se não aceitar a proposta de trégua.
O presidente russo, Vladimir Putin, propôs entretanto negociações "diretas e sem condições prévias" entre a Rússia e a Ucrânia a 15 de maio em Istambul, adiando até lá a hipótese de um cessar-fogo.
Sem se referir diretamente a esta proposta, Vladimir Putin criticou os europeus por tratarem a Rússia "de forma rude e com ultimatos" e afirmou que a instauração de uma trégua deveria fazer parte de discussões mais amplas e diretas sobre o conflito que se arrasta há mais de três anos.
A ofensiva lançada pela Rússia, em fevereiro de 2022, causou dezenas de milhares de mortos e a Rússia ocupa atualmente 20% do território ucraniano.
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