Maduro acusa Pence de se reunir com fugitivos da Justiça do país
O Presidente Nicolas Maduro acusou o vice-presidente norte-americano de envolvimento nos assuntos internos da Venezuela e de se reunir-se com "terroristas e corruptos" venezuelanos em Miami, no sudeste dos Estados Unidos.
© Reuters
Mundo Venezuela
Mike Pence "dedicou duas semanas inteiras a imiscuir-se nos assuntos da Venezuela", disse Maduro, durante uma reunião de supervisão dos preparativos para os exercícios militares de defesa da soberania, previstos para este fim de semana.
Estas manobras vão ter como cenário uma eventual ação militar norte-americana.
Durante a reunião, transmitida pela televisão estatal, o Presidente venezuelano referiu-se a um encontro entre Mike Pence e venezuelanos, realizado na quarta-feira em Miami, EUA.
"Vimos uma reunião nunca antes vista, entre Mike Pence e um grupo de fugitivos da Justiça venezuelana, que vivem protegidos em Miami. Se ele não sabe, eu digo-lhe que na mesa de reuniões estavam pessoas envolvidas em delitos graves de terrorismo", corrupção e contra a segurança do país, afirmou.
Maduro sublinhou que vários países do mundo condenaram as recentes declarações do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a admitir a possibilidade de uma ação militar para solucionar a crise na Venezuela.
"Essa ameaça tem sido respondida e é condenada pelos países do mundo. Eu recebi mais de três mil cartas de organizações, de líderes, de políticos, condenando as ameaças", disse.
Em relação aos exercícios militares, Maduro sublinhou que, se for preciso, os venezuelanos defenderão o país "com armas na mão".
"Temos poder militar e devemos sentir-nos orgulhosos disso", disse.
Nicolás Maduro ordenou ao alto comando militar a intensificar a supervisão ao longo de mais de três mil quilómetros de fronteira com a Colômbia, sublinhando que "a Venezuela tem o direito e a obrigação de aumentar o poder militar, para a defesa e a paz" do país.
Por outro lado, acusou os venezuelanos em Miami de terem financiado, a 06 de agosto último, um assalto ao quartel de Paramacay, em Carabobo, no centro-norte da Venezuela, durante o qual desapareceram várias armas daquela que é a principal base militar local.
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