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Cultura e história dos EUA ficam "em pedaços" com retirada de estátuas

O presidente norte-americano, Donald Trump, considerou hoje que a cultura e a história norte-americana ficam "em pedaços" com a retirada de estátuas celebrando personagens da confederação sulista.

Cultura e história dos EUA ficam "em pedaços" com retirada de estátuas
Notícias ao Minuto

16:16 - 17/08/17 por Lusa

Mundo Donald Trump

"Triste por ver a história e a cultura do nosso grande país em pedaços pela retirada das nossas magníficas estátuas e monumentos", escreveu Trump na rede social de mensagens curtas Twitter.

O sensível debate sobre a questão ressurgiu após a violência em Charlottesville, onde movimentos associados à supremacia branca se concentraram para protestar contra a remoção de uma estátua de um general confederado.

"A beleza que é retirada das nossas cidades e dos nossos parques far-nos-á muita falta e nunca poderá ser substituída", adiantou o presidente norte-americano, sem nunca utilizar a palavra "confederado".

Uma maioria de norte-americanos vê como a celebração de um passado racista os monumentos em homenagem à confederação de Estados do sul, que desencadeou a guerra civil (ou da Secessão, 1861-1865) nomeadamente para defender a escravatura.

Outros defendem o direito do sul à sua história e consideram que retirar os monumentos é como apagar uma parte da história norte-americana.

Alguns historiadores assinalam que muitos daqueles monumentos foram construídos durante a segregação racial ou em reação ao movimento dos direitos cívicos dos anos 1960.

Na terça-feira, numa conferência de imprensa em Nova Iorque, Trump já parecia concordar com os defensores daqueles monumentos, embora não o tenha feito explicitamente.

"George Washington possuía escravos (...). Vamos retirar as suas estátuas? E Thomas Jefferson? Vamos remover as suas estátuas? Ele tinha muitos escravos", declarou, numa referência aos primeiro e terceiro presidentes dos Estados Unidos, que morreram antes da guerra da Secessão.

Um relatório recente do Southern Poverty Law Center, organização especializada em direitos cívicos, revelou que ainda existem nos Estados Unidos mais de 1.500 símbolos confederados no espaço público, a maioria no sul.

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