Commonwealth defende diálogo para a paz em Moçambique
A secretária-geral da Commonwealth, Patrícia Scotland, encorajou na segunda-feira em Maputo as lideranças políticas de Moçambique a prosseguirem com o diálogo para uma paz duradoura no país, assinalando a importância da boa governação para o alcance da estabilidade.
© Lusa
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"Nós colocamo-nos à disposição de Moçambique para prestar qualquer tipo de apoio, para o alcance da paz, porque, como organização, defendemos o diálogo para ultrapassar qualquer diferença", disse Patrícia Scotland, após um encontro com o chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi.
De acordo com o jornal Notícias, o principal diário moçambicano, Patrícia Scotland congratulou-se com a coragem e bravura de Filipe Nyusi por apostar na via negocial visando uma paz definitiva em Moçambique.
"É esta postura que nós, como organização, defendemos para os nossos Estados-membros e vamos continuar a incentivar e apoiar este tipo de iniciativa", prosseguiu.
A Commonwealth, continuou Patrícia Scotland, tem todo o interesse em que Moçambique tenha estabilidade e dá valor à boa governação como essencial para a estabilidade.
A secretária-geral da Commonwealth encontrou-se com o chefe de Estado moçambicano, no âmbito da visita que realiza a Moçambique, onde vai manter encontros com governantes locais.
Apesar de não ter sido colónia do império britânico, Moçambique é membro da Commonwealth, uma adesão que Maputo justificou com o facto de ser um país vizinho de países que foram colónias britânicas na África Austral.
O Presidente moçambicano e o líder da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), principal partido da oposição, Afonso Dhlakama, encontraram-se há uma semana na serra da Gorongosa, num frente-a-frente não previamente anunciado, para debater a questão da paz no país, renovando no seio dos moçambicanos a esperança de uma estabilidade duradoira.
Um comunicado distribuído pela Presidência da República no final do encontro dá conta de que os dois líderes se comprometeram a trabalhar no sentido da resolução de todas as questões pendentes nas negociações entre o Governo e a Renamo visando uma paz definitiva.
Apesar de o Governo da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) e a Renamo terem assinado em 1992 o Acordo Geral de Paz (AGP), o país tem sido assolado por ciclos de violência, devido à recusa do principal partido da oposição de reconhecer a derrota nas eleições.
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