Charlottesville: Trump criticado nas duas alas por discurso brando

“Que dia perfeito para o Presidente esquecer como se faz um tweet”, escreveu a escritora J. K. Rowling. Celebridades, democratas, republicanos: várias foram as vozes que recorreram aos 140 caracteres do Twitter para escrever o que acusam o Presidente de ter estrategicamente silenciado.

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Anabela de Sousa Dantas
14/08/2017 11:15 ‧ 14/08/2017 por Anabela de Sousa Dantas

Mundo

Estados Unidos

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou-se sobre os incidentes em Charlottesville, no Estado da Virginia, de forma tardia e nada consensual. O chefe de Estado norte-americano tem sido alvo de fortes críticas por ter manifestado, no sábado, a sua condenação por todas as formas de “ódio” e “fanatismo” mas de “múltiplas partes”.

As críticas são, sobretudo, dirigidas à brandura do seu discurso, sem nunca referir os supremacistas brancos, grupo que convocou a marcha, que ostentava simbologia nazi e entre os quais estava inclusive um antigo líder do KKK. A morte de uma manifestante, alegadamente de forma intencional, traz força a estas críticas.

Várias celebridades foram reagindo aos acontecimentos, começando logo na manhã de sábado, quando a conta de Twitter do líder republicano não apresentava qualquer atualização, mesmo já com notícias de confrontos. “Que dia perfeito para o Presidente esquecer como se faz um tweet”, escreveu a escritora J. K. Rowling, com uma imagem de vários apoiantes da marcha nacionalista a envergar simbologia nazi e da Confederação.

A realizadora Ava Duvernay, os atores George Takei e Seth Rogen também se manifestaram no Twitter, conforme pode ver abaixo.

No campo político, as críticas fazem-se sentir nas duas alas. Tanto republicanos como democratas acreditam que o presidente deveria ter sido mais incisivo e mais duro nas palavras ao referir-se a Charlottesville.

Cory Gardner, um senador republicano do Colorado, pediu que se “chame o mal pelo nome”. “São supremacistas brancos e isto foi terrorismo interno”, escreveu. Marco Rubio, senador republicano da Florida, mencionou os nazis, o KKK e os supremacistas brancos contrapondo-os ao que “a America deve ser”.

Nancy Pelosi, congressista democrata da Califórnia, ‘tweetou’ diretamente a Donald Tump. “Repita comigo, Donald Trump: a supremacia branca é uma afronta aos valores americanos”. Elizabeth Warren, senadora democrata do Massachusetts, sugere que Trump mostre “de que lado está” falando publicamente na supremacia branca.

Joe Bide, ex-vice-presidente norte-americano, foi perentório: “Só há um lado”.

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