A plataforma Semana do Orgulho LGBTI+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e intersexuais) e Kezban Konukçu, membro do parlamento de Istambul pelo Partido Popular pela Igualdade e Democracia, denunciaram as detenções, numa operação policial que começou ainda antes da marcha.
"Solidarizamo-nos com as pessoas LGBTI+ que dizem 'Estamos aqui, vamos continuar a existir!' contra a opressão e as políticas de ódio do regime do palácio", disse Konukçu numa mensagem publicada na sua conta na rede social X.
Já a ONG Semana do Orgulho LGBTI+ referiu, igualmente na rede X, que "a polícia está a deter pessoas sob o pretexto de verificação de antecedentes criminais", alertando os participantes para que permaneçam em locais seguros, não permaneçam nas ruas, não utilizem autocarros e deixem "as bandeiras em casa".
As autoridades proibiram as Marchas do Orgulho na maior cidade da Turquia desde há 10 anos, alegando que representam um perigo para a segurança pública.
O Partido da Justiça e Desenvolvimento, do Presidente Recep Tayyip Erdogan, adotou, desde então, uma retórica cada vez mais dura contra a comunidade LGBTQ+.
Em janeiro, Erdogan declarou 2025 o 'Ano da Família', afirmou que o declínio da taxa de natalidade na Turquia representava uma ameaça existencial e acusou o movimento LGBTQ+ de minar os valores tradicionais.
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