Os objetos, esculturas e peças de artesanato na maioria procedentes da Alemanha, foram apreendidas na periferia norte de Buenos Aires, durante buscas efetuadas em dois estabelecimentos comerciais e uma habitação, indicou o ministério da Segurança.
Nenhuma pessoa foi, contudo, detida.
"Este inquérito constitui um verdadeiro contributo para a missão institucional de luta contra o antissemitismo e qualquer forma de discriminação, trabalhando a cada dia por uma sociedade inclusiva e plural, na qual o ódio não seja tolerado", reagiu em comunicado a Delegação de Associações Israelitas Argentinas (Daia), que representa a comunidade judaica da Argentina, com mais de 300 mil membros.
Milhares de nazis, mas também ustashas croatas e fascistas italianos instalaram-se na Argentina nos anos 1940 e 1950, com a bênção do Presidente da época, o general Juan Perón, no poder entre 1946 e 1955.
Ante Pavelic, fundador do movimento ustasha croata, pró-nazi, e o criminoso de guerra nazi Adolf Eichmann foram alguns dos acolhidos neste país sul-americano.
Eichmann, responsável pela logística da "solução final" na Polónia durante Segunda Guerra Mundial, foi em seguida raptado nos arredores de Buenos Aires pela Mossad e clandestinamente transportado para Jerusalém, onde foi julgado e executado.
Os objetos nazis serão transferidos para o Museu do Holocausto de Buenos Aires, segundo as autoridades, que descobriram também no lote antiguidades japonesas, chinesas e egípcias, bem como fósseis pré-históricos.
Tudo estava escondido por detrás de uma parede falsa num dos locais alvos de buscas.