Como é feito o fumo branco e negro do processo de eleição do Papa?

Perceba como é que o Vaticano faz as duas cores de fumo que sai da chaminé da Capela Sistina.

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© Yara Nardi/Reuters

Notícias ao Minuto
07/05/2025 17:58 ‧ ontem por Notícias ao Minuto

Mundo

Conclave

Quando a Igreja Católica está prestes a eleger um novo Papa, o mundo não fica atento a uma conferência de imprensa ou a uma publicação nas redes sociais, mas sim à cor do fumo que sai de uma pequena chaminé, instalada para esse propósito, no topo da Capela Sistina.

 

Se o fumo for negro, ainda não foi escolhido nenhum Papa mas, se for branco, a decisão estará tomada. 'Habemus Papam' e o novo Sumo Pontífice aparecerá na varanda da Praça de São Pedro, num momento transmitido em direto para milhões de pessoas em todo o mundo.

O que não está à vista de todos é o complexo ritual secular que envolve a cuidadosa instalação de uma chaminé no topo da Capela Sistina, um fogão no interior e receitas químicas que garantem que o fumo tem a cor exata – branco ou negro – e transmite uma mensagem clara. Todo o processo é meticulosamente organizado por uma equipa de engenheiros e funcionários da Igreja Católica, que trabalham em conjunto.

"Desde a antiguidade que as pessoas veem o fumo como uma forma de comunicação humana com o divino, desde os sacrifícios de animais à queima de cereais na bíblia. O uso do fumo evoca estes rituais religiosos e a estética de mistério que os acompanha", explicou à BBC Candida Moss, professora de teologia na Universidade de Birmingham, no Reino Unido.

Para que o fumo saia de cor preta é queimada uma mistura de perclorato de potássio, antraceno e enxofre, produzindo um fumo espesso e escuro.

No caso do fumo branco, de acordo com Mark Loch, chefe do departamento de química e bioquímica da Universidade de Hull, é "utilizada uma combinação de clorato de potássio, lactose e resina de pinheiro, que arde de forma limpa".

"No passado tentou-se queimar palha húmida para criar um fumo mais escuro e palha seca para criar um fumo mais claro, mas isto causou alguma confusão porque, por vezes, parecia cinzento", acrescentou Mark Loch.

Os 133 cardeais eleitores fecharam-se esta terça-feira, pela primeira vez, na Capela Sistina, em Roma, para iniciar o conclave eleitoral que vai escolher o 267.º Papa da Igreja Católica, sucessor de São Pedro e de Francisco.

Como já aconteceu no passado, as autoridades italianas estão a condicionar as telecomunicações para impedir qualquer passagem de informação do conclave para o exterior.

Depois da eleição e do fumo branco, o novo Papa irá escolher o seu nome e será apresentado aos fiéis presentes na Praça de São Pedro.

Nessa ocasião, o Conclave terminará e os cardeais deixarão a Casa de Santa Marta. Só dias depois, como é tradição na Igreja Católica, é que o novo Papa irá presidir à sua missa de início de Pontificado.

Leia Também: Portas fechadas, cardeais iniciam formalmente o escolha do novo Papa

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