Dependência do tabaco pode impedir redução da pobreza na China

A Organização Mundial de Saúde (OMS) advertiu que a dependência do tabaco na China pode impedir que este país atinja o seu objetivo de redução da pobreza marcado para o ano 2020, informou hoje o diário South China Morning Post.

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Lusa
15/04/2017 06:04 ‧ 15/04/2017 por Lusa

Mundo

OMS

Segundo um relatório publicado pela organização do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) na sexta-feira, "o gasto de muitas famílias pobres é desviado para a compra de tabaco em vez de ser usado para [fazer face a] necessidades básicas como comida, educação ou cuidados médicos".

Berhard Schwartländer, representante da OMS na China, afirmou na apresentação do relatório que o "rápido aumento dos custos associados ao tabaco na China é insustentável" e que "o custo anual estimado em 2014 ascendeu a 350 milhões de yuan (cerca de 48 milhões de euros)".

A OMS disse que o Governo chinês pretende erradicar por completo a existência de famílias pobres -- aquelas cujos rendimentos anuais são inferiores a 2.300 yuan (cerca de 315 euros) -- no ano 2020, com o objetivo de alcançar uma "sociedade moderadamente próspera".

O relatório indicou que os trabalhadores rurais são o grupo mais vulnerável ao tabaco na China: muitos tornam-se fumadores quando migram para as cidades, mas como têm pouco tem acesso à saúde pública ficam arruinados ao não poderem pagar os tratamentos quando ficam doentes.

O tratamento de doenças relacionadas com o consumo de tabaco, como o cancro de pulmão, aumenta a carga financeira, especialmente para as famílias cujo seguro de saúde pública não cobre o custo total do tratamento.

Embora o Governo chinês tenha tomado algumas medidas para reduzir o consumo do tabaco, como a proibição de fumar em locais públicos em cidades como Pequim ou Xangai, segundo a OMS, em 2014, 44% dos cigarros consumidos a nível mundial foram fumados na China, por 315 milhões de pessoas, metade das quais homens adultos.

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