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"Está ao alcance" da Europa travar imigração ilegal no Mediterrâneo

O presidente do Conselho Europeu afirmou hoje que chegou a hora de travar a imigração ilegal na rota do Mediterrâneo central, entre a Líbia e a Itália, e defendeu que este objetivo está ao alcance da Europa.

"Está ao alcance" da Europa travar imigração ilegal no Mediterrâneo
Notícias ao Minuto

14:19 - 02/02/17 por Lusa

Mundo Migrações

Donald Tusk, que recebeu hoje em Bruxelas o chefe do governo de união nacional da Líbia, Fayez al-Sarraj, explicou que a União Europeia (UE) tem "demonstrado capacidade para fechar rotas migratórias", numa referência ao acordo firmado em março de 2016 com a Turquia que reduziu significativamente as chegadas através da rota do Mediterrâneo oriental, entre as costas turcas e a Grécia.

"Agora chegou a hora de fechar a rota entre a Líbia e Itália", acrescentou o presidente do Conselho Europeu, precisando ter abordado esta questão na quarta-feira com o chefe do governo italiano, Paolo Gentiloni.

"Posso assegurar que está ao nosso alcance. O que precisamos é de uma total determinação para fazê-lo", frisou.

O desafio migratório na rota do Mediterrâneo central será o principal assunto da cimeira europeia informal que decorre esta sexta-feira em La Valletta, em Malta, país também abrangido por este flagelo.

As chegadas nas costas italianas ultrapassaram as 180.000 pessoas no ano passado, um número recorde. No mesmo período, cerca de 4.500 pessoas perderam a vida nesta travessia.

Fayez al-Sarraj manifestou a disponibilidade do governo de união nacional líbio, apoiado pela ONU e reconhecido pela comunidade internacional, para ajudar a conter o fluxo migratório e a lutar contra as redes de tráfico ilegal de pessoas.

Mas, "esperamos que os mecanismos da UE para ajudar a Líbia sejam mais concretos", disse o representante líbio, lamentando os montantes de ajuda "muito pequenos".

Em finais de janeiro, a Comissão Europeia propôs, entre outros aspetos, um apoio para reforçar a guarda costeira líbia e as agências da ONU que ajudam os migrantes na Líbia, mas ainda tem de convencer os Estados-membros a contribuírem com mais dinheiro.

A operação naval da UE contra as redes de traficantes no Mediterrâneo, designada "Sophia" e lançada em 2015 ao largo da Líbia, enfrenta atualmente a impossibilidade de intervir nas águas territoriais líbias, o que limita a sua eficácia.

Mais de 1.300 migrantes foram socorridos na quarta-feira ao largo da Líbia e pelo menos outros 100 foram resgatados hoje, segundo divulgaram a guarda costeira italiana e organizações não-governamentais que trabalham no terreno.

Antes destas operações de resgate, as autoridades italianas tinham registado a chegada de 4.480 pessoas durante o mês de janeiro. Nesse mesmo mês, mais de 220 pessoas morreram ou foram dadas como desaparecidas na rota do Mediterrâneo central, segundo a ONU.

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